Assim, os participantes poderiam ouvir TODOS os palestrantes e poder escolher no evento aqueles pelos quais já estariam dispostos, podendo chegar à sofisticação, através de algum algoritmo, para definir a ordem para que participantes diferentes pudessem participar dos debates sem problema de sobreposição.
Versão 1.0 – 24 de agosto de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.
Do encontro da HSM aqui e São Paulo, “Novas Fronteiras de Gestão“, o que mais gostei foi a palestra de Walter Longo, que conseguiu sintetizar e passar adiante uma visão, da qual compartilho:
- – a principal força motivadora de mudanças é a chegada da Internet, das redes sociais;
- – tal força mudará o mundo e a maneira das empresas se organizarem.
Lá pelas tantas, ele falou de uma proposta de uma escola nos EUA, não anotei o nome, que mudou a maneira de passar o conhecimento:
- O aluno assiste as aulas em casa;
- E faz o dever na escola.
Gosto da proposta, pois ela reinverte a ordem, recolocando as coisas nos seus devidos lugares, a partir das possibilidades que a Internet nos traz.
As aulas, se existem e são iguais, ou vão ser replicadas, podem utilizar tecnologias da rede a distância, permitindo que sejam vistas, a qualquer momento pelos alunos e possibilitam que haja uma, digamos, personalização, podendo até ser ouvida, andando de bicicleta, correndo, ou descendo de asa delta.
Porém, o dever de casa, a discussão, a interação é feita, utilizando as tecnologias pessoais (da fala e da escuta) da leitura corporal, da rápida intervenção, que só a presença física permite.
Métodos para aferir que as aulas foram vistas ou ouvidas não faltam.
Assim, se ganha o melhor potencial das duas redes sociais, tanto da presencial e da distância
Tal proposta me levou a repensar estes eventos que organizamos.
Como sugestão, imagino um modelo de novos eventos que seria:
- Cada palestrante grava a sua palestra em casa, ganham um cachê para isso, que é bem menor do que o que seria ir até o evento;
- Os participantes ganham login e senha, se for o caso, ou em aberto mesmo, e ouvem o que os convidados têm a dizer e avaliam se gostariam de ter um encontro com ele, que questões gostariam de aprofundar;
- Quais palestrantes poderiam ser colocados em uma determinada mesa juntos;
- Tem-se uma visão dos mais viva daqueles que geram expectativa, quais questões deveriam estar presentes e quais não despertaram tanto interesse;
- A plateia pode postar vídeos e também ter gente selecionada para compor as mesas;
- O encontro presencial seria, então, baseado nos participantes que foram selecionados, para debater as principais perguntas e para uma discussão mais intensa com os que as levantaram.
Assim, os participantes poderiam ouvir TODOS os palestrantes e poder escolher no evento aqueles pelos quais já estariam dispostos, podendo chegar à sofisticação, através de algum algoritmo, para definir a ordem para que participantes diferentes pudessem participar dos debates sem problema de sobreposição.
Dessa forma, teríamos um evento muito mais eficaz, com custo menor, com um resultado mais interessante para todos.
O modelo de negócio do patrocinador teria que ser melhor testado, até se chegar a um modelo ideal de receita e custos e qualidade bom para todos.
Por aí, que dizes?
Confesso que ainda não tinha imaginado nada parecido…
Gostei mt disso!!!
No modelo para a escola, vejo esses pontos fortes:
– O aluno fica livre para assistir o conteúdo no momento que ele achar mais apropriado (nem todos rendem bem pela manhã, por exemplo)…
– Abrimos um leque de diferentes formas para entregar o conteúdo: podcasts, videos, apresentações, textos, jogos etc.
– Acreditando que todos consumirão o conteúdo antes da aula, morre aquela dinâmica de ficar ouvindo o professor passar conteúdo e nasce uma dinâmica de discussão em grupo daquilo que vc ouviu, algo que comprovadamente te faz pensar, criticar e aprender…
No modelo da palestra, acredito que o encontro ao vivo será mais rico, uma vez que os palestrantes terão como rever o conteúdo apresentado por eles mesmos e estudar oq foi apresentado pelos colegas, gerando um debate mais amplo com mais dúvidas e mais discussão sobre o tema.
No lado dos ouvintes, fóruns ajudariam a medir o quão interessante é aquele assunto para a comunidade do evento e o quão claro está o conteúdo para os ouvintes.
Sobre o modelo de negócios, penso em representantes dos patrocinadores poderiam fazer a introdução aos vídeos de cada palestrante e também mediar a discussão presencial… Algo não muito forçado, com pouco jabá e mostrando que o patrocinador apoia e/ou acredita naquilo que está sendo falado…
Adriano, por aí….
Ricardo Bichalho,
mandou por email:
“Nepô,
Um projeto piloto, tocado pelo Salman Khan, da Khan Academy, está bem avançado com várias escolas nos EUA. Se não me engano, foi ele quem propôs, no TED, pela primeira vez, essa forma de ensinar.
O projeto recebeu 2 milhões de dólares em fundos da Fundação Bill e Melinda Gates e várias outras doações do pessoal do Google e vários empreenderoes de sucesso.
A proposta, a estratégia e a nova forma de ensinar estão todos no Youtube.
A ideia principal dele é essa que você descreveu. Mas ele dá poder ao professor também. Ele construiu um sistema de gamification (mecânica de games) para que o professor acompanhe e colete dados estatísticos e reais sobre o desempenho dos alunos.
Por exemplo, é possível saber quanto tempo o login de um aluno ficou estudando, quantos minutos de vídeo o aluno assistiu e quais os exercícios que ele teve mais erros ou dificuldades. Por exemplo, se o aluno erra muito frações, ele pode precisar de aulas de reforço ou o professor pode designar pontos extras e exercícios desse tipo para o aluno, como um jogo mesmo.
Aliás, o khanacademy.com é na verdade um grande jogo na qual você brinca de estudar.
Acredito que o mesmo conceito pode ser adaptado e aplicado em empresas.
Abraço!”