Nossas cabeças sólidas não estão preparadas para viver num mundo líquido – Nepô – da safra 2011;
Versão 1.2 – 07 de maio de 2012 (texto reescrito e atualizado)
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.
Bom, são já anos de blog, postando todos os dias, menos nas sextas, geralmente, pois ninguém lê nada em véspera de tirar folga. 😉
Pensa, escreve, recebe comentário, responde, repensa.
E aí vai para sala de aula 2.0, aquela que não tem computador e é diálogo com os alunos o tempo todo.
O mesmo com os clientes conversa-se, avalia-se, aprofunda-se.
Pensa, escreve, recebe sugestões, responde, repensa.
E recebe dicas das pessoas pelo Twitter, Facebook, conhece-se novas pessoas, complementa-se com as revistas que chegam, os livros.
Pensa, escreve, recebe sugestões, responde, repensa.
E alguém chega e me pergunta se quero publicar um post em uma revista bimestral!!!
Uma professora inglesa me convida para escrever um artigo acadêmico que vai levar um ano para ser publicado!!!
(Leia mais sobre a maneira que a Ciência 2.0 deveria atuar.)
E penso que em daqui a 60 dias, ainda mais em um ano, não estarei mais com as mesmas concepções, pois estou cada vez mais em um outro mundo, o do conhecimento mais líquido (como um rio que corre) e muito menos sólido de antes de todo essa troca 2.0.
A revolução digital altera nossa maneira de lidar com o conhecimento e nosso cérebro está se moldando a isso.
(Na verdade, o conhecimento sempre foi líquido, a tecnologia do papel é que nos iludia em relação a sua liquidez. Hoje, a rede digital recoloca a produção do conhecimento na velocidade necessária para resolver a nova dinâmica.)
O ser humano, diferente de outros animais, é mais dependente da ecologia cognitiva, pois é por ela que cria mecanismos para resolver seus problemas cada vez mais complexos. Muda-se a dinâmica da bolha cognitiva, muda toda a sociedade, simples assim!
Percebi que a grande polêmica no meu doutorado, em sala de aula, é a dificuldade de compreender que conhecimento e informação, que aparentemente parecem substantivos, são verbos, ações de conhecer e informar, processos.
Que produzem até registros em documentos digitais, ou não, que são apenas repositórios prontos para entrar em ação e voltar a vida, quando alguém os aciona de novo.
Assim, uma biblioteca faz parte de um processo de informação e conhecimento, desde que o que está lá dentro seja acionado.
Analisar a informação e o conhecimento como um substantivo é tentar amarrar o cachorro com a linguiça. Nunca conseguiremos a ajudar os problemas reais com essa teoria pouco eficaz!
Acabamos criando metodologias, aliás, que reforçam essa ideia, tornando o complexo, complicado!
E algumas coisas vou percebendo.
Vive-se nessa etapa mais líquida mais de intuições do que de constatações.
Antigamente, se fazia mais pesquisa, a partir de intuições não compartilhadas, hoje se tende-se a compartilhar mais intuição para só fazer pesquisas depois de muita elaboração intuitiva.
Compartilhamos intuições e vamos consolidando-as, ou tornando-a um líquido mais grosso com o tempo.
É menos “é isso” e mais “pode ser isso”.
É uma radicalização do conhecimento como sempre foi: mutante. Mas agora ele parece ainda mais mutante do que antes. Antes era, mas não parecia, pois os documentos sólidos da mídia fechada e vertical, não deixavam.
Um blog é um rascunho compartilhado que vai se fazendo e se arrumando, revisando-se sem vergonha de ser o que é: eternamente temporário, com seus erros de todos os tipos colocados à luz do dia.
Esse meio pronto, meio acabado, em processo, com a colaboração dos demais, é o modelo do processo do conhecimento que estamos entrando.
E há uma diferença digamos planetária, galáxica, de quem entra no ritmo líquido para quem ainda está no compasso sólido.
A cabeça por aqui se expande, roda em outra velocidade, é mais interativa, pois não se consolida.
A interação constante pede uma cabeça (não consolidada, não dogmática) e um afeto diferente (que não amarra a subjetividade aos conceitos, na qual o ego assume um papel no fundo da sala e não na frente).
O ego vai para outro lugar, não mais se cola no documento quase sólido ou no conceito permanente.
Vivemos para trocar e ir adiante.
É uma nova cognição e um novo tipo de relação afetiva.
É uma nova condição em um mundo super-habitado, que tem pressa de inovar para sobreviver, cercado de cada vez mais diferenças, que se esbarram.
O conhecimento quase sólido se agarra ao tempo, o líquido flui com ele.
É algo estranho que vejo que tem acontecido comigo e com algumas pessoas que circulam por aqui na mesma estrada e está se espalhando.
Noto isso também na garotada que chega.
Por enquanto, é apenas uma intuição que tá engrossando. 😉
Que dizes?
Comentários:
* procurei a revista HSM Manegment e não achei! tem alguma dica de banca que tenha?
* “E alguém chega e me pergunta se quero publicar um post em uma revista bimestral!!!” Acontece muito isso no meu trabalho, uma das minhas tarefas e diagramar informativos, e alguns demoram a sair por causa da quantidade de revisão que recebem, pois como pesquisa é algo fluído, com movimento, o informativo não consegue acompanhar o ritmo. Então, quando fechamos uma edição, as pesquisas já sofreram mudanças significativas, o que nos faz refazer o informativo algumas vezes até que ele saia de fato.
bjs!
Mais uma vez admirado pela sua consistência.
“O conhecimento quase sólido se agarra ao tempo, o líquido flui com ele.”
Não há o que ser acrescentado a isto, poderia descrever de outra forma? Creio que somente por outro meio de arte.
“Mundo super-habitado com pressa de sobreviver.”
Essa percepção social que há de ser trabalhada, não em você, mas na sociedade.
O que me leva a compartilhar minha preocupação.
Será que a individualidade da consciência, nos deixará tomar decisões para o bem comum?
Seriam esses: Smiths e agentes de uma Matrix, que tentamos salvar inconscientemente todos os dias?
Forço-me a acreditar nisso todos os dias, de que agentes de mudança, como você e outros ja libertos de sua condição de falsa preservação tem o poder de libertar a mente humana de seu inerte paradoxo de sobrevivência.
Que este conhecimento “liquido”, faça-nos acreditar cada vez mais no movimento de nossa consciência e este por sua vez fortaleça nossa convicção de que: é possível.
Forte abraço Nepô.
Julia, tente livrarias, mas recomendo assinar….é um bom investimento, pode ser por aí ou por você….essa ideia de texto consolidado é tudo mental e afetivo, pode se jogar na rede ir melhorando, inclusive, com comentários, pode até restringir acesso, caso seja algo primordial e depois ir abrindo, o problema, como disse, é superação de bloqueios, faça um evento por aí para abrir cabeças….trabalhando com o que está vendo no curso…
bjs, valeu.
Só que o conhecimento líquido também transborda. E aí, como fazemos para fazer cabê-lo dentro do copo? Meio vazio ou meio cheio? Depende do referencial cognitivo e do ponto de vista que se quer alcançar? O Bruno Goodma perguntou acima: “Será que a individualidade da consciência nos deixará tomar decisões para o bem comum?” E tentaria responder que a individualidade nunca nos deixará tomar decisões para o bem comum, uma vez que vivemos em sociedade, nossa mente ainda não está apta para a tomada de decisões individuais. Precisamos desesperadamente do conhecimento sólido, porque assim ele é mais palpável. O líquido escorre pelas mãos, e como o medo de não ter é maior do que o desapego, nos agarramos a relações afetivas cada vez mais infantilizadas. O porto seguro de ter o conhecimento sólido é muito mais atrativo do que desbravar o conhecimento líquido do mar aberto das possibilidades. Viajei?
“E tentaria responder que a individualidade nunca nos deixará tomar decisões para o bem comum, uma vez que vivemos em sociedade, nossa mente ainda não está apta para a tomada de decisões individuais.”
Só não entendi sua opinião aqui. Você acredita na tomada de decisões baseadas na consciência coletiva, ou acredita na falsa idéia de consciência representativa(A democracia que vivemos, por exemplo)?
Sobre a segunda parte, é uma questão delicada, se bem intendi você está falando sobre o medo de conhecer o líquido.
Mas visto que conhecimento é tempo, a ignorancia seria retardar no tempo. Atrofiar.
Ainda acredito que o homem vai aprender a desapegar de seus medos, a verdade não pode ser alcançada de outra forma.
Minha preocupação é, quanto tempo? Pois não tenho a vida toda.
Recomendo fortemente esta apreciação:
http://www.youtube.com/watch?v=4Z9WVZddH9w
Forte abraço!
O Nepô expôs que “A interação constante pede uma cabeça (não consolidada, não dogmática) e um afeto diferente (que não amarra a subjetividade aos conceitos, na qual o ego assume um papel no fundo da sala e não na frente)”. Pois bem, mas quantas vezes você já viu alunos que, com medo de falar besteira, ou ser zoado pelos colegas de classe, se silenciam? Levantar o dedo e expor o “eu acho”, é muito mais difícil e temerário do que calar e consentir com o “eu vi”. Como estamos discutindo em sala lá nos nossos encontros da DIG8, o processo de “desinfantilização” deve começar na escola. O conhecimento de hoje já não comporta mais o imposto! Só que isso não é ensinado nas escolas, vai de cada um. E é aí que eu digo que é mais fácil ter um conhecimento sólido na mão, do que dois conhecimentos líquidos voando, sacou? Digo isso pq não concordo também não, sou contra o atual modelo de ensino, mas a realidade é assim! Atrofiar é de cada um. Eu faço a minha parte “malhando” isso aqui com você, mas e os demais?
Genial João, muito interessante suas colocações!
A primeira vista concordo com todas.
Exato meu amigo, e os demais?
Graças a nós, estamos em um processo que Luciano Pires, classifica como despocotização. Achei um termo muito alegre para nossa situação, mas também acho que o humor tem certo fundamento.
O que eu posso dizer quanto a isso é que o q
Genial João, muito interessante suas colocações!
A primeira vista concordo com todas.
Exato meu amigo, e os demais?
Graças a nós, estamos em um processo que Luciano Pires, classifica como despocotização. Achei um termo muito alegre para nossa situação, mas também acho que o humor tem certo fundamento.
O que eu posso dizer quanto a isso é que o que gerou conhecimento para nós um dia, parte do principia de comunicação e a formação dos primeiros grupos sociais.
E hoje, nossa comunicação evoluio, a ponto de estarmos falando sem se quer nos conhecermos fisicamente e estarmos distantes.
Será que essa mudança, essa ‘ruptura’, não será suficiente para conscientizar, evoluir e disseminar?
O que o Nepô, colocou em uma de suas entrevistas e que me chamou a atenção com sua compreensão é que, passamos agora, por outra ruptura, a comunicação entre homens é diferente e evoluimos de modo muitos mais rápido.
Ainda vejo que muita há de ser melhorado neste espaço, mas sinto que dependo dele(internet), para poder transmitir algum conhecimento e aprender alguma coisa de fato!
Será que podemos nós, providos de Questionamentos, podemos disseminar nossa curiosidade?
Um forte abraço João/Nepô
Muito bom João…me vi nas suas palavras. Quantas vezes me silenciei por medo, vergonha ou por não compreender algo? Quando se tenta vencer este medo, o padrão nos diz que temos que continuar a cultuar este tipo de sentimento dentro de nós.
Creio que é difícil mudarmos, mas não impossível!
Olá, pessoal!
Eu já tive uma outra visão sobre o ego referido pelo Nêpo: a de que ele se esconde, para dar voz às diferentes opiniões. Ou seja, quando estamos num ambiente em que nos sentimos iguais – independente de visão de mundo, escolaridade etc -, conseguimos quebrar o modelo do silenciamento “imposto” e manifestarmos o eu interno. E o ego, alguém o viu por aí?
Nessa democratização presencial da informação, em que os sentidos aparecem de fato, além da permissão de uma construção coletiva de conhecimentos em consonância com o afeto de cada um, a vontade de contribuir com a evolução do grupo parece aumentar.
Essa junção do pensar com o afetar e vice-versa, para mim, soa muito mais honesta, coerente com aquilo que fazemos. O que, em contrapartida, nos torna autônomos, livres para escolher coisas que façam sentido, com significado. E não mais presos a ideias que não levam em consideração o pensar e sentir do outro – empresas 1.0, por exemplo.
Abraços e até amanhã! =)
João, você disse:
É apenas uma ilusão querer aprisionar uma verdade, que é quando nos agarramos a um documento, que é o conhecimento sólido. Gleiser disse – concordo com ele – que a verdade é histórica, depende de nossa capacidade de medir.
O que dá é um medo, pois nossa cabeça flui e é preciso saber administar esse fluxo novo, deixando que os pontos venham e vão e nos coloquemos em versões.
Hoje penso 1.3, amanhã 1.4, vou mudando, conforme as interações e me aprofundando mais e mais nas minhas percepções.
Picotes:
Bruno:
O medo é parte constituinte do ser humano, sempre teremos medo, a não ser que inventem um novo humano modificado geneticamente.
João:
Sim, mas na família antes.
Ainda João:
Boa frase, me apresente um conhecimento sólido, sólido mesmo, que ganhas um livro de presente..e falo sério.
Bruno:
despocotização.???
Explica para a massa..;)
Michele:
Bem, vinda a humanidade que quer ser..;)
Tássia, ponto eficaz:
Quando o coordenador, responsável, chamado professor se coloca também em estágio de ignorância, e coloca no meio da roda, a luta para superar o desconhecimento, o ego se acalma, muito bom isso, vou ter que aprofundar mais….show!
E você fecha:
Por que todos tem um objetivo comum, lutar contra a ignorância que é um problema humano – todos contra ela, muito legal,,,ajudou a aprofundar.
E ainda, destaco, Tássia:
Sim, pois saímos do certo e do errado para o que tem mais lógica e isso não é alguém que determina, mas a força do grupo para criar uma lógica melhor ali ….o que ajuda muito. Você tocou no ponto..de forma clara e sintética, parabéns.
Pessoal, muito bom, grato por discutir aqui.
Nepô.
Nepo, também não achei a revista. Queria comprar um exemplar para ler, conhecer melhor e então assinar.
Outro ponto: Concordo que devemos pensar, repensar, mudar nossas antigas visões estar sempre buscando o novo conhecimento. Mas existem coisas que não se alteram tão rápido, concorda? Hoje você pode sim escrever pra uma revista que vai publicar em dois meses seu artigo, pois dependendo do assunto ele será ainda muito válido, embora com algumas novas interpretações…
Muito bom, nepô, obrigado pela retificação!
De fato, sempre teremos nossos medos, alguns podem ser confrontados e até superados, mas sempre surgiram novos.
Sobre o despocotizar! Um jornalista/radialista, muito feliz na criação deste termo, uma vez colocou que a maioria dos brasileiros procura a mídia para ouvir pocotó(Funk, vide: lacraia).
Que nós, questionadores, doutrinados no conhecimento da manipulação da massa, temos o dever de: Despocotizar.
Daí o termo pocotó e despocotizar.
Ele tem um programa de Podcast muito interessante.
O link é este:
http://www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast/
Abraços!
Bruno, finalmente consegui entender e achei legal o termo e o conceito, valeu!
Caro Nepô,
Não pude deixar de lembrar de Zygmunt Bauman e sua série líquida, Vida líquida, Medo Líquido, modernidade líquida, Amor líquido, Conhecimento líquido seria mais ou menos como jogar todos esses escritos no liquidificador, com laminas cegas que não trituturam suficientemente, atrapalhando a digestão o entendimento por completo e sem tempo de reprocessamento.
[…] Gestão 2.0: sociedade não-linear – Alan Moore, na HSM, 85, post que comentei, já que o material não está disponível na Web. Linguagem e documento: fundamentos evolutivos e culturais da Ciência da Informação buzzvolume_url = "http://nepo.com.br/2011/02/10/o-melhor-de-2011/";buzzvolume_title = "O melhor de 2011";buzzvolume_style = "compact";buzzvolume_source = "cnepomuceno";SHARETHIS.addEntry({ title: "O melhor de 2011", url: "http://nepo.com.br/2011/02/10/o-melhor-de-2011/" }); […]
[…] Conhecimento líquido! […]
Marcelo, acredito que existe dois planos:
Os fatos – o conhecimento está mais dinâmico, por isso mais líquido, isso é algo da velocidade;
O que se faz em cima dos fatos – nossa capacidade de gerar significado nessa nova velocidade.
Acredito ser precipitado dizer que nessa nova velocidade não seremos mais profundos, seremos se conseguirmos superar algumas barreiras, a principal é conseguirmos ser mais coletivos…deixando a relação do ego consolidada do conhecimento passado para trás.
Eis o desafio.
Nepô, concordo que é um enorme desafio, para um novo modelo mental de seres humanos, uma nova construção ou desconstrução de valores e crenças, uma parcela da sociedade já percebe a chegada da ruptura o ângulo de 90º graus a frente e a queda livre que se aproxima, linkando com o no outro artigo em que vc cita Piratas do Caribe, acredito que a ruptura deva começar de quem “menos se espera” dos que não percebem o ângulo de 90º a frente, estão na Nau teoricamente a deriva e com toda a disponibilidade que esse mundo veloz nos ofereçe, sem vícios, conjunto de conhecimentos apurados, ávidos por conhecer, inovar, esses devem quebrar os paradigmas.
Marcelo, fecho 100% – rumo aos 90 graus. 😉
[…] Estamos migrando de um conhecimento mais sólido para um mais líquido (falei mais sobre isso aqui). […]
[…] Vivemos a passagem de um conhecimento mais sólido para um mais líquido! […]
Nepô, você falou sobre conhecimento líquido e concordo contigo sobre seu ponto de vista.
Mas gostaria de saber a forma como você imagina o “conhecimento líquido”.
Você imagina líquido como um rio, ou o líquido dentro de um recipiente?
Se for “líquido dentro de um recipiente” teremos um imenso lugar onde todas as idéias que surgem são as mesmas(ou muito parecidas), e não criam necessariamente um novo horizonte com novas idéias. Nesse caso, estamos falando de algo estático, muito próximo ao intoxicado “conhecimento sólido” da época do papel impresso. O que me preocupa é que nesse cenário há muita água parada e isso pode virar um criadouro de dengue, rs..rs..rs..
Caso vc esteja se referindo ao “líquido como um rio”, acho essa idéia muito mais saudável, pois nesse caso a água passa por muitos lugares, pode ser estar poluída num determinado trecho, mas durante o leito, com a água de outros rios, ela pode se diluir e tornar-se muito mais limpa, e em alguns casos, cristalina.
O problema é como medir essa “água corrente”, como saber se você está em um afluente ou no caminho principal, ou ainda, como saber se você vai desaguar no mar ou ficar “preso” em um lago?
É algo complicado de medir toda essa fluidez, mas temos que medí-la para evitar “chover no molhado”.
Não sei se consegui ser claro…
Esse assunto criou outra idéia… O conhecimento gasoso.
Já que o conhecimento líquido é um novo estágio, acredito que é um estado de transição para o “conhecimento gasoso”.
O conhecimento líquido é a água. Nós temos que buscar uma fonte de H2o para matar a sede.
O conhecimento líquido é o ar. Todos nós estamos em contato natural com o oxigêneo, e de tão natural que é, respiramos sem pensar.
No conhecimento gasoso, seria tão natural construir novas idéias, que nem precisaríamos discutir teorias para entendermos a realidade, simplesmente as teorias seriam assuntos do dia-a-dia, no almoço, jantar, com a namorada, com os filhos… etc..
Se as redes sociais é o combustível inflamável para o conhecimento líquido. O que seria a ferramenta que iria explodir o conhecimento gasoso?
O que acha?
Bruno, com certeza que como um rio….que corre em processo…
[…] Ou seja, o tempo de atualização do conhecimento ganhou velocidade, passando-o para algo muito mais líquido do que era antes (ver mais sobre conhecimento líquido aqui.) […]
Todas as discussões acima me fizeram lembrar Krishnamurti!