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Resumo do artigo feito pelo Tio Chatinho:

Neste artigo, Nepô apresenta a crise conceitual da Ciência Social diante da chegada do Digital. Ele mostra como o pensamento tradicional, preso aos paradigmas da Civilização 1.0, ignora o papel decisivo das mídias na transformação civilizacional. A partir dessa falha estrutural, Nepô argumenta pela necessidade de uma nova ciência – a Ciência da Inovação – e de um novo ambiente de diálogo, capaz de interpretar a realidade digital, descentralizada e dinâmica, que estamos vivendo.

As cinco melhores frases do artigo:

  1. “O desafio de compreender o Digital não é técnico. É conceitual. É uma luta entre paradigmas antigos e novos.”
  2. “Quem tenta entender o amanhã com os paradigmas de ontem, acaba sempre perdido no hoje.”
  3. “Velhos conceitos explicam velhos mundos; o novo mundo pede novos mapas.”
  4. “O erro não está nos fatos, mas nos óculos conceituais com que insistimos em enxergá-los.”
  5. “Paradigmas não são apenas ideias: são vínculos emocionais que nos acorrentam ao passado.”

As melhores frases do artigo:

Vivemos hoje um momento de mudança DRED – Disruptivo, Rápido, Estrutural e Desconhecido.

O Digital não é apenas a introdução na sociedade de mais uma tecnologia. É o epicentro de um novo ciclo da existência humana.

As mídias – não sabíamos disso antes – são órteses cerebrais, que nos permitem fazer o que antes era impossível com nossas mentes.

Com as novas mídias há alterações voluntárias e involuntárias do nosso cérebro, que modificam estruturalmente e profundamente a sociedade.

O problema é que muito pouca gente entendeu isso ainda.

O desafio de compreender o Digital não é técnico. É conceitual. É uma luta entre paradigmas antigos e novos.

A maioria das pessoas — inclusive os especialistas — tentam entender esse novo mundo com os mapas do passado. E, como era de se esperar, se perdem.

Temos a tendência a imitar os americanos em tudo, mas eles são muito bons para fazer e executar, mas nem tanto para pensar e conceituar.

O pensamento dominante segue preso à lógica da Civilização 1.0. E isso nos impede de compreender onde estamos e para onde estamos indo diante do novo cenário pós-digital.

Nosso cérebro, por questões evolutivas, resiste à mudança de paradigmas mais profundos e estruturais.

Preferimos diante de mudanças profundas o emocional ao reflexivo, o curto ao longo prazo, o conhecido ao desconhecido.

A Ciência Social, base das Ciências Sociais Correlatas, foi construída ignorando o papel fundamental das mídias nas mudanças de eras civilizacionais.

Mudou a mídia, mudou a civilização.

Se as bases estruturais do “saguão conceitual” (a Ciência Social) estão com defeito, todas as “salas coligadas”  (Ciências Sociais Correlatas) também estarão.

As teorias estruturais da Ciência Social 1.0 não rimam com a realidade que estamos vivendo.

O erro de avaliação do presente e de projeção do futuro está justamente nisso: a Ciência Social 1.0 ficou obsoleta!

A Bimodais, assim, propõe um novo Ambiente de Diálogo que substitui a Ciência Social 1.0 e propõe um novo Motor da História dentro da Ciência Social 2.0.

A dificuldade de entender o Digital, portanto, está na nossa resistência em abandonar os velhos paradigmas da Ciência Social 1.0 – o resto é consequência.

A Bimodais não busca seguidores no presente, mas consistência para o futuro.

“Paradigmas não são apenas ideias: são vínculos emocionais que nos acorrentam ao passado.”

“Mudar a mídia é mudar a sociedade — e fingir que não mudou é fechar os olhos para o óbvio.”

“A Ciência Social 1.0 tenta montar quebra-cabeças com uma tampa que não serve mais.”

“Velhos conceitos explicam velhos mundos; o novo mundo pede novos mapas.”

“A obsolescência das ideias é tão real quanto a obsolescência das máquinas.”

“O erro não está nos fatos, mas nos óculos conceituais com que insistimos em enxergá-los.”

“Sem atualizar a Ciência Social, todas as ciências derivadas patinam no mesmo erro.”

“Quem tenta entender o amanhã com os paradigmas de ontem, acaba sempre perdido no hoje.”

As melhores frases dos outros:

Upton Sinclair: “é difícil fazer um homem entender algo quando o salário dele depende de não entender isso”.

“A dificuldade não está nas ideias novas, mas em escapar das antigas.” – John Maynard Keynes.

“A essência da revolução não é a destruição, mas a substituição.” – Hannah Arendt.

“Não existem fatos, apenas interpretações.” – Friedrich Nietzsche.

Vamos ao Artigo:

“Você não é seus pensamentos, você é aquele que observa seus pensamentos.” – Eckhart Tolle.
Um dos maiores desafios do Sapiens é saber diferenciar o que faz parte da nossa identidade e o que, na verdade, é apenas um paradigma armazenado na mente primária — aquele famoso “cofre sem senha” que guardamos sem questionar.
Imagine que a sala onde ficam armazenados os paradigmas fica bem ao lado da sala da nossa identidade. A proximidade é tamanha que frequentemente confundimos uma com a outra.
Quando eu digo “eu sou assim”, estou praticamente inviabilizando a possibilidade de modificar aquilo, pois se “eu sou assim”, nada pode alterar essa realidade. É como se eu colocasse uma trava definitiva em algo que poderia ser flexível e adaptável.
Por isso, precisamos ter muito cuidado com tudo que colocamos no cofre do “eu sou assim”. Nem tudo merece essa permanência.
Poucos exemplos ilustram isso tão bem quanto a relação com o time de futebol. É raro alguém mudar de time ao longo da vida. Quando eu digo “Eu sou Botafogo”, is
so significa que vou viver torcendo para o Botafogo e morrer sendo Botafoguense, independentemente do meu envolvimento real com o futebol.
Essa identidade clubística raramente gera grandes problemas na vida prática. Tirando casos de fanatismo extremo, o fato de ser de um time ou outro não costuma prejudicar nossa qualidade de vida. O mesmo vale para identidades como “sou brasileiro” ou “sou carioca” — são identidades exógenas, compartilhadas por grandes grupos, que raramente nos limitam.
O problema surge com as identidades endógenas, aquelas que criamos sobre nossos próprios comportamentos e características. Posso dizer que tendo a ser mais extrovertido que introvertido, que tenho maior gosto por desafios, que tendo à curiosidade, que costumo ser sincero. Mas seria um erro cristalizar isso dizendo “eu sou extrovertido”. Prefiro dizer “eu tendo à extroversão”, porque isso depende do contexto e pode mudar.
Já encontrei mulheres que me disseram categoricamente que “eram chatas”. Não havia contexto específico — elas simplesmente definiram que eram chatas, ponto final. Algo que não podia ser modificado na identidade delas. Seria muito mais produtivo dizer: “quando vou comprar roupas, sou meio chata, mas para comprar comida, nem tanto”. Isso mantém a porta aberta para mudança e autoconhecimento.
A identidade deve estar sempre em processo. Em vez de “eu sou assim”, melhor seria “estou assim” ou “tendo a isso”, sempre considerando o contexto e a possibilidade de evolução.
Outro problema surge quando abraçamos determinados paradigmas — sejam científicos, políticos ou religiosos — de forma absolutista. Aquela forma de pensar, que deveria ser uma ferramenta para que eu e a sociedade vivamos melhor, deixa de ser uma hipótese constantemente testada e passa a ser um dogma inquestionável.
Armazenamos no cofre inacessível da mente algo que precisa ser revisado constantemente, seja por novas ideias, metodologias mais adequadas ou simplesmente pelos fatos que se apresentam.
Uma pessoa dogmática é aquela que armazena na área inacessível da mente justamente aquilo que mais precisa de revisão. O dogmatismo se torna tóxico quando o conteúdo armazenado prejudica a pessoa ou a sociedade, mas ela permanece incapaz de rever sua forma de pensar e agir.
Temos, assim, uma identidade que nos define, mas precisamos ter muito cuidado para que ela seja uma aliada, não uma limitação.
A inovação em qualquer campo começa quando conseguimos separar nossa identidade dos paradigmas que adotamos. É como criar uma bancada revisora interna, na qual analisamos constantemente o que chamamos de identidade e questionamos aquilo que pode ser melhorado.
Essa bancada revisora exige uma capacidade de abstração maior — uma espécie de “memória RAM” expandida que nos permite processar o que está armazenado no nosso “HD mental”. Pessoas mais dogmáticas são frequentemente aquelas com menor capacidade abstrativa: confundem identidade com paradigmas e resistem à revisão.
Uma boa forma de desenvolver nossa capacidade inovadora é estimular constantemente a abstração, que naturalmente nos leva à criatividade e à flexibilidade mental.
É fundamental não parar de questionar: será que isso em que acredito faz bem para mim e para a sociedade? Essa pergunta deveria ecoar regularmente em nossas mentes.
Na prática, esse processo de revisão acontece quando conseguimos acessar camadas mais reflexivas do pensamento — quando saímos do automático e entramos no consciente. É essa capacidade que nos permite questionar as verdades automáticas e escolher novos caminhos mais alinhados com nosso potencial único.
Na lógica da Escola Bimodal, esse processo de revisão se dá quando ativamos a mente secundária e a terciária. É ela que nos permite questionar as verdades automáticas da mente primária e escolher novos caminhos mais alinhados com nossos Potenciais Singulares.
O caminho da Inovação Pessoal passa, portanto, pela coragem de rever aquilo que achamos imutável, especialmente quando está mais atrapalhando do que ajudando. A rigidez mental pode parecer segura, mas frequentemente é o maior obstáculo ao nosso crescimento.
É isso, que dizes?
A tabela comparativa com o mainstream:
O Modo de Pensar Mainstream
A Maneira Bimodal de Pensar
Identidade é entendida como algo fixo: “eu sou assim” e ponto final.
Identidade é processo: “estou assim”, “tendo a isso” — aberta à mudança conforme contexto.
Paradigmas são guardados como verdades definitivas, pouco questionados.
Paradigmas devem ser hipóteses revisáveis, sempre sujeitas à atualização diante de novas ideias e fatos.
Dogmatismo é visto como segurança, uma âncora para manter estabilidade.
O dogmatismo é veneno: cristaliza justamente o que mais precisa ser revisto e limita a evolução pessoal e social.
O indivíduo tende a confundir identidade com paradigmas, armazenando tudo no mesmo “cofre”.
A mente deve separar identidade de paradigmas: a “bancada revisora interna” garante que o que é identidade não se confunda com crenças passageiras.
A inovação pessoal é vista como consequência de talentos fixos ou de sorte.
Inovação pessoal nasce da coragem de revisar crenças e ativar a mente secundária/terciária, que questiona as verdades automáticas da mente primária.
Pensar de forma rígida é considerado mais seguro.
A flexibilidade mental é a verdadeira segurança, pois abre espaço para criatividade e alinhamento com os Potenciais Singulares.
Reflexão profunda é algo acessório, feito apenas em momentos de crise.
Reflexão constante é prática essencial: questionar regularmente se crenças fazem bem a si e à sociedade.
Capacidade abstrativa é pouco valorizada, vista como distante da vida prática.
A capacidade abstrativa é motor da inovação: funciona como memória RAM expandida para revisar o “HD men

Por que a Ciência Social travou diante do Digital
“Não importa o que a vida fez de você, o que importa é o que você faz com o que a vida fez de você.” – Jean Paul Sartre.
Vivemos hoje um daqueles momentos raros e profundos da história: uma rara e desconhecida ruptura civilizacional.
Vivemos hoje um momento de mudança DRED – Disruptivo, Rápido, Estrutural e Desconhecido.
O Digital não é apenas a introdução na sociedade de mais uma tecnologia. É o epicentro de um novo ciclo da existência humana.
As mídias – não sabíamos disso antes – são órteses cerebrais, que nos permitem fazer o que antes era impossível com nossas mentes.
Com as novas mídias há alterações voluntárias e involuntárias do nosso cérebro, que modificam estruturalmente e profundamente a sociedade.
O problema é que muito pouca gente entendeu isso ainda.
O desafio de compreender o Digital não é técnico. É conceitual. É uma luta entre paradigmas antigos e novos.
A maioria das pessoas — inclusive os especialistas — tentam entender esse novo mundo com os mapas do passado. E, como era de se esperar, se perdem.
Como alertou Marshall McLuhan: “mudou a mídia, mudou a sociedade”. Mas pouca gente prestou atenção.
Temos a tendência a imitar os americanos em tudo, mas eles são muito bons para fazer e executar, mas nem tanto para pensar e conceituar.
O pensamento dominante segue preso à lógica da Civilização 1.0. E isso nos impede de compreender onde estamos e para onde estamos indo diante do novo cenário pós-digital.
Nosso cérebro, por questões evolutivas, resiste à mudança de paradigmas mais profundos e estruturais.
Preferimos diante de mudanças profundas o emocional ao reflexivo, o curto ao longo prazo, o conhecido ao desconhecido.
Em tempos estáveis, esse padrão nos protege. Mas em momentos de ruptura estrutural, ele vira um grande obstáculo.
Como disse Upton Sinclair: “é difícil fazer um homem entender algo quando o salário dele depende de não entender isso”.
Paradigmas não são apenas ideias. São vínculos emocionais. São formas de viver e pensar que dão segurança e status.
A Ciência Social, base das Ciências Sociais Correlatas, foi construída ignorando o papel fundamental das mídias nas mudanças de eras civilizacionais.
Analisamos a sociedade a partir de fatores econômicos, políticos e culturais — mas deixamos de lado a engrenagem mais decisiva: a forma como nos comunicamos e cooperamos.
Mudou a mídia, mudou a civilização.
Esse erro de base estrutural contaminou todas as áreas derivadas: Administração, Psicologia, Educação, Direito, Economia, entre outras.
Se as bases estruturais do “saguão conceitual” (a Ciência Social) estão com defeito, todas as “salas coligadas” (Ciências Sociais Correlatas) também estarão.
Diante da chegada do Digital — com novas tecnologias, novas mídias e novas possibilidades de cooperação — a crise ficou escancarada.
Os velhos paradigmas não explicam mais os novos fatos.
As teorias estruturais da Ciência Social 1.0 não rimam com a realidade que estamos vivendo.
O erro de avaliação do presente e de projeção do futuro está justamente nisso: a Ciência Social 1.0 ficou obsoleta!
E isso é sinal de crise profunda, como já dizia Thomas Kuhn.
Na “ciência normal”, seguimos montando quebra-cabeças com uma tampa que não serve mais.
O Digital exige outra imagem, outra tampa, outro jogo.
Foi a partir dessa percepção que nasceu a proposta da Ciência da Inovação.
A Bimodais, assim, propõe um novo Ambiente de Diálogo que substitui a Ciência Social 1.0 e propõe um novo Motor da História dentro da Ciência Social 2.0.
Esse novo motor é movido por três forças, que interagem entre si ao longo da Macro História: o aumento populacional, o surgimento de novas mídias e a criação de novos modelos de cooperação.
É com esse novo tripé que conseguimos, enfim, fazer sentido do caos atual.
A dificuldade de entender o Digital, portanto, está na nossa resistência em abandonar os velhos paradigmas da Ciência Social 1.0 – o resto é consequência.
A maioria ainda tenta aplicar o pensamento de ontem no cenário de hoje. E, claro, não funciona.
O mundo era analógico, centralizado e previsível. Agora tende ao digital, descentralizado e dinâmico.
Como isso é possível?
Não dá para entender a nova realidade com os conceitos da anterior.
Foi por isso que criamos a Escola Bimodal. Uma nova escola de pensamento. Uma nova ciência. Um novo ambiente de diálogo.
Aqui, não temos compromisso com o consenso fácil, a procura de seguidores. Nosso foco é a coerência com os fatos.
A Bimodais não busca seguidores no presente, mas consistência para o futuro.
Como disse Gil Giardelli, “não podemos usar velhos mapas para descobrir novas terras”.
Com liberdade intelectual e uma metodologia própria, a Escola Bimodal propõe o reinício da conversa sobre o Sapiens, a sociedade e o futuro.
Entender o Digital exige desapego.
Exige coragem de admitir que as velhas teorias ficaram para trás.
O passado conceitual foi útil, mas já não serve mais.
É hora de atualizar os mapas.
E é isso que estamos fazendo aqui.
(Texto resumido da introdução do novo livro do Nepô – a Casa do Eu)
É isso, que dizes?

 

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