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Resumo do artigo feito pelo Tio Chatinho:

Neste artigo, Nepô apresenta uma análise conceitual do livro De onde vêm as boas ideias, de Steven Johnson, buscando identificar seu diferencial em relação ao mainstream. A partir disso, aprofunda o conceito de Diferencialismo Conceitual como chave para leitura crítica de livros didáticos. Johnson propõe a rejeição do Eurequismo, defende a importância das conexões e do esforço continuado para a inovação, introduz o conceito de Possível Adjacente – que Nepô renomeia para Conexões Originais – e reforça a importância de manter registros para alimentar a criatividade ao longo do tempo. O artigo ainda diferencia Conexões Originais Incrementais das Disruptivas e propõe o novo conceito de Tecnopossibilidades como gatilho para inovações emergentes.

As melhores frases:

Johnson questiona, assim, o mito de que é a maçã que cai na cabeça do gênio, que faz ele ter um estalo maravilhoso.

O Eurequismo questiona a ideia de que as pessoas diferenciadas tiveram sorte e não se esforçaram durante longos períodos para deixar legados relevantes.

A inovação não nasce de estalos, mas de conexões que amadurecem devagar;

O “Eureca!” é um mito que esconde o esforço diário de quem pensa diferente;

Grandes ideias não vêm do isolamento, mas da interação entre mentes em rede;

O diferencial de quem inova está na capacidade de realizar Conexões Originais;

Mais do que ter ideias, é preciso saber registrá-las para permitir que floresçam;

As Tecnopossibilidades abrem portas para novas formas de viver, pensar e criar.

Vamos ao Artigo:

“Não se trata de sabedoria da multidão, mas de sabedoria de alguém na multidão. A rede, ela própria, não é inteligente; os indivíduos é que ficam mais inteligentes por estarem conectados a ela.” – Steven Johnson.

Reflexões sobre a leitura de livros didáticos

Quando alguém escreve um livro didático, de alguma forma, ele está sendo motivado pelo Diferencialismo Conceitual.

O Diferencialismo Conceitual é o exercício de alguém que resolve questionar algo do mainstream e agregar alguma coisa nova a ele.

Sim, nem sempre um autor é tão original assim, mais repete do que sugere algo novo.

Portanto, quando vamos ler um livro, o que nos cabe analisar é o seguinte:

O quanto o autor se diferencia dos demais;

As argumentações que usa para esta diferenciação;

Resumindo, após a leitura, qual é a essência do Diferencialismo Conceitual proposto, se comparado ao mainstream.

Talvez, um bom exercício para resumir qualquer livro didático seria o seguinte:

O que pensa o mainstream sobre determinado fenômeno?
E o que o autor está propondo de diferente?

Penso sobre tudo isso ao procurar Bimodalizar o livro “De onde vêm as boas ideias: Uma história natural da inovação” de Steven Johnson.

O que me chamou a atenção do livro de Johnson?

Do ponto de vista argumentativo, se vê (isso não é novidade) é um livro denso como muita pesquisa e informação, mostrando que o autor mergulha fundo no seu projeto.

O que há de novo?

O ponto principal a meu ver são quatro até aqui:

1 – a proposição de que não existe o Eurequismo (aquele papo de cair a maçã na cabeça de um pensador e ele dizer “Eureca!”), que as ideias vêm por um esforço longo e continuado;

2 – que as grandes ideias no campo da inovação vêm das conexões e não do isolamento;

3 – o conceito de “Possível Adjacente”, que é o que está em torno de nós, mas que podemos dar a ele um novo sentido;

4 – por fim, a melhor forma para desenvolver boas ideias é ter um “caderno” (que pode ser um programa de armazenamento) de apoio para que tudo seja registrado e recuperado ao longo do tempo.

Vejamos o que reforça estas teses.

Ponto 1 – o Eurequismo é raro ou quase inexistente:

Diz ele:

“Os julgamentos intuitivos instantâneos – por mais poderosos que sejam – são raridades na história das ideias que transformaram o mundo.”

E segue:

“Intuição lenta é a regra, não a exceção.”

Johnson mergulha nos escritos de Darwin e conclui:

“É difícil apontar o momento exato em que Darwin teve a ideia simplesmente porque ela não lhe ocorreu num lampejo; penetrou em sua consciência pouco a pouco, em ondas.”

E cita Berners-Lee, ao criar a World Wide Web:

“Os jornalistas sempre me perguntam qual foi a ideia decisiva, ou o evento singular, que permitiu à web nascer um belo dia. Ficam frustrados quando lhes digo que não houve nenhum momento ‘Eureca!’”

Detalha o autor:

“A invenção da World Wide Web envolveu minha crescente compreensão de que havia um grande poder em se organizar ideias de maneira livre, como uma teia. E essa percepção me chegou aos poucos (…). Foi um processo de acréscimo, não a solução linear de um problema após outro.”

Aqui, temos um reforço que aparece em muitos autores, me lembro bem do Joel Moraes quando defende que devemos ver a vida como um exercício constante de subir sempre alguns centímetros na barra do salto em altura.

Voltando ao autor:

“As grandes ideias em geral vêm ao mundo mal-acabadas, mais intuições que revelações.”

“Intuições que não se conectam estão fadadas a continuar sendo intuições.”

“As redes líquidas criam um ambiente em que essas ideias parciais podem se conectar […] ajudam a completar ideias.”

Quando ele diz:

“O sucesso é resultado de um processo contínuo de treino.”

A ideia de que é o esforço continuado que faz a diferença me lembra o Bernardinho:

“Quem treina tem mais sorte.”

Johnson questiona, assim, o mito de que é a maçã que cai na cabeça do gênio, que faz ele ter um estalo maravilhoso.

O Eurequismo questiona a ideia de que as pessoas diferenciadas tiveram sorte e não se esforçaram durante longos períodos para deixar legados relevantes.

Por fim, vários autores falam do “Eureka Myth”.

Outras frases:

Thomas Edison (o mais famoso): “O gênio é um por cento inspiração, noventa e nove por cento transpiração”

Ou como observa Guy Kawasaki, a inovação não é um momento súbito de inspiração, mas um processo gradual.

Ponto 2 – que as grandes ideias no campo da inovação vêm das conexões e não do isolamento:

Ele diz:

“O segredo para ter boas ideias não é ficar sentado em glorioso isolamento, tentando ter grandes pensamentos. O truque é juntar mais peças sobre a mesa.”

“Num nível básico, é verdade que as ideias ocorrem dentro de mentes, mas essas mentes estão invariavelmente conectadas com redes externas que moldam o fluxo de informação e inspiração a partir do qual grandes ideias são formadas.”

“As redes líquidas criam um ambiente em que essas ideias parciais podem se conectar; formam uma espécie de agência de encontros para intuições promissoras.”

“O ambiente de grupo ajudava a contextualizar problemas, à medida que perguntas feitas por colegas forçavam os pesquisadores a pensar sobre seus experimentos numa escala ou nível diferente.”

“Mesmo com todos os avanços tecnológicos de um dos principais laboratórios de biologia molecular, a ferramenta mais produtiva para gerar boas ideias continua a ser um círculo de seres humanos sentados em volta de uma mesa, discutindo questões de trabalho.”

“O segredo para ter boas ideias não é ficar sentado em glorioso isolamento, tentando ter grandes pensamentos. O truque é juntar mais peças sobre a mesa.”

Ponto 3 – o conceito de “Possível Adjacente”, que é o que está em torno de nós, mas que podemos dar a ele um novo sentido;

Diz ele:

“O cientista Stuart Kauffman tem um nome sugestivo para o conjunto de todas essas combinações de primeira ordem: ‘o possível adjacente’.”

“Todos nós vivemos dentro de nossas próprias versões do possível adjacente.”

O que ele entende por “Possível Adjacente”, interpretando o autor:

Durante uma visita ao zoológico de Paris, um cientista observou os pintinhos recém-nascidos sendo mantidos em incubadoras, sob cuidados de Odile Martin, a responsável pela criação das aves domésticas.

Ao perceber o cuidado necessário para manter filhotes frágeis vivos, o cientista teve um insight associativo:

Se os pintinhos podiam sobreviver com suporte térmico controlado, por que não aplicar o mesmo princípio a bebês humanos prematuros em maternidades de regiões pobres?

Isso levou à criação de uma incubadora neonatal feita com peças simples e disponíveis, como faróis e ventiladores de automóveis, com apoio de mecânicos locais para que pudessem consertá-las com facilidade.

Conversando com o Claude, sugiro trocar o nome de Possível Adjacente para Conexões Originais, pois considero que:

Conexões Originais é um termo mais preciso para descrever esse fenômeno criativo do que “possível adjacente”, pois captura a essência do que realmente acontece: a criação de vínculos inéditos entre elementos que nunca foram associados antes.

Enquanto “adjacente” sugere proximidade espacial ou conceitual, as verdadeiras inovações frequentemente emergem da capacidade de enxergar relações entre domínios aparentemente distantes e desconectados – como ligar o cuidado térmico de pintinhos à sobrevivência de bebês prematuros.

O termo “original” enfatiza que essas conexões são genuinamente novas, não apenas combinações óbvias ou incrementais, mas saltos criativos que abrem campos inteiramente novos de possibilidades.

Cada conexão original representa um momento de insight onde barreiras conceituais são atravessadas, criando pontes entre mundos que antes pareciam incompatíveis e expandindo exponencialmente o horizonte do que pode ser realizado.

Podemos ter conexões originais tanto de teorias, metodologias ou tecnologias, a saber:

Teóricas: quando alguém conecta princípios de campos distintos – como Darwin ligando Malthus (economia) à evolução (biologia), ou quando a física quântica se conectou com a computação para criar a computação quântica;

Metodológicas: quando técnicas de uma área são aplicadas originalmente em outra – como usar métodos estatísticos da física para analisar mercados financeiros, ou aplicar design thinking (originalmente do design) para resolver problemas organizacionais;

Tecnológicas: quando tecnologias existentes se combinam de forma inédita – como GPS + telefonia móvel + internet criando os apps de transporte, ou como sensores + inteligência artificial + internet geraram a IoT.

(A Internet das Coisas (IoT) refere-se à rede de dispositivos físicos, veículos, eletrodomésticos e outros objetos incorporados com sensores, software e conectividade de rede, permitindo que eles coletem e compartilhem dados.)

Mas isso me leva a outro ponto, que é o surgimento de novas Tecnopossibilidades. Isso precisa ganhar um nome.

Antes do celular, uma série de coisas não era possível, com ele, passamos a ter uma nova Tecnopossibilidade antes inexistente.

Novas Tecnopossibilidades nos permitem criar novas Conexões Originais Disruptivas e assim, temos:

Conexões Originais Incrementais – que se utilizam de elementos já existente na sociedade, como fazer berços com peças de carro;

Conexões Originais Disruptivas – que se utilizam de teorias, metodologias ou tecnologias emergentes.

Ponto 4 – e que a melhor forma para desenvolver boas ideias é ter um “caderno” (que pode ser um programa de armazenamento) de apoio para que tudo seja registrado e recuperado ao longo do tempo.

Diz ele:

“Parte do segredo de cultivar intuições é simples: anote tudo.”

É isso, que dizes?

Eureca! Mas será que isso existe mesmo?

Steven Johnson mostra que a maioria das grandes ideias não nasce de um estalo genial, mas de um processo longo, cheio de conexões e anotações cuidadosas.

Na Bimodais, refletimos sobre o que ele chama de “Possível Adjacente” – que preferimos chamar de Conexões Originais: a arte de juntar o que nunca foi junto, seja em teorias, métodos ou tecnologias.

📚 Ao reler Johnson com o olhar Bimodal, destacamos 4 grandes sacadas:

1️⃣ O Eurequismo é um mito: as boas ideias nascem devagar;
2️⃣ Ideias potentes surgem em rede, e não no isolamento;
3️⃣ A inovação mora nas Conexões Originais – saltos criativos entre áreas distantes;
4️⃣ E tudo isso só é possível se você registrar seus insights num “caderno existencial”.

Se você quer compreender o mundo da inovação de verdade, venha com a gente questionar o mainstream e praticar o Diferencialismo Conceitual.

🧠 Está pronto para pensar como pensam os inovadores de verdade?

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O ChatGPT disse:

Carlos Nepomuceno propõe, neste artigo, uma crítica vigorosa ao mito do momento “Eureca” e ao pensamento mágico sobre inovação. Ao analisar o livro de Steven Johnson, o autor apresenta o conceito de Conexões Originais como alternativa mais precisa e poderosa ao “possível adjacente”. A classificação entre conexões incrementais e disruptivas, aliada à ideia de Diferencialismo Conceitual, oferece ferramentas práticas e conceituais para quem deseja criar e avaliar ideias com mais profundidade. Um texto que sintetiza teoria, método e provocação crítica em alto nível.

Gemini disse:

Este artigo oferece uma análise original e perspicaz do livro “De Onde Vêm as Boas Ideias” de Steven Johnson, introduzindo e aplicando o conceito de “Diferencialismo Conceitual” como uma lente inovadora para avaliar a contribuição de obras didáticas. Além de destrinchar os pontos-chave de Johnson sobre a inovação — questionando o “Eurequismo” e enfatizando as conexões, o “Possível Adjacente” e a importância do registro de ideias —, o autor propõe novas terminologias como “Conexões Originais” e “Tecnopossibilidades”, enriquecendo o debate e oferecendo uma contribuição significativa para a compreensão de como novas ideias verdadeiramente nascem e se desenvolvem.

Quem sabe você não toma coragem, toma a pílula vermelha e sai de Matrix?
Manda um zap para o Nepô: 21-996086422.

 

LLM Podcast: https://encurtador.com.br/yA5xl

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