O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.)
No presente texto, na primeira parte do texto, Nepô nos apresenta uma reflexão sobre a importância do aprendizado contínuo e dos desafios intelectuais para a saúde do cérebro, citando a obra “Pra vida toda valer a pena viver” da médica Ana Claudia Quintana Arantes. Ele destaca que atividades rotineiras devem sempre ser acompanhadas de novidades e dificuldades para manter a mente ativa, comparando o cérebro a um “cachorrinho que balança o rabinho” quando é estimulado. Além disso, discute a sabedoria e o respeito que os mais velhos têm nas culturas tradicionais, contrastando com a sociedade moderna, onde a experiência de vida é o principal legado dos idosos, especialmente quando envelhecem de forma saudável.
Na segunda parte do texto, Nepô nos apresenta uma análise crítica sobre a distinção entre conceitos mais fracos e mais fortes. Ele argumenta que conceitos mais fracos, como a noção de “Ciência Pura”, geram confusão e falsas dicotomias, enquanto conceitos mais fortes promovem entendimento claro. Nepô sugere que o termo correto para o que se denomina “Ciência Pura” seria “Essenciologia”, que foca na análise fundamental dos fenômenos. Ele também discute a inadequação do conceito de “Transformação Digital”, destacando a necessidade de conceitos mais concretos e precisos na Civilização 2.0, que exigem uma forma de pensar mais sofisticada e clara.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Não basta ter uma atividade que você gosta muito na sua vida, mas é importante colocar pequenos desafios nela para que sua mente “balance o rabinho”.
- Conceitos Mais Fortes são aqueles que geram mais entendimento do que confusão.
- A Essenciologia é o primeiro passo para definir o que é o fenômeno, o que ele não é para que depois possamos procurar as forças que interferem nos seus movimentos.
- Um dos principais problemas de Conceitos Mais Fracos é criar falsas dicotomias que dão margem à confusão e uso indevido até mesmo para benefícios escusos.
- A ideia de Transformação Digital, a princípio, passa a ideia de que se deve usar computadores – mas é só isso que faz com que uma empresa se torne mais competitiva neste novo mercado?
- A história nos mostra que quanto mais complexo é o Ambiente de Sobrevivência, mais o ser humano precisa sofisticar a sua forma de pensar.
- Um dos pontos principais a ser desenvolvido na Civilização 2.0 é justamente o questionamento de Conceitos Mais Fracos, pois precisamos de mais entendimento e menos confusão.
- Conceitos Mais Fracos mais atrapalham do que ajudam nossa relação com os fenômenos da realidade.
Os Mapas Mentais do Artigo:
Vamos ao Artigo:
“A tarefa do homem em criar conceitos é transformar a massa caótica de percepções desconectadas que ele obtém em conhecimento identificável e integrado.” — Ayn Rand.
Primeiro permitam um parênteses.
Quero colocar um tijolo a mais na Bimodalização do livro “Pra vida toda valer a pena viver: Pequeno manual para envelhecer com alegria” da médica brasileira Ana Claudia Quintana Arantes.
A importância do aprendizado para a boa saúde.
Diz ela:
“O aprendizado é uma chuva de rejuvenescimento para o cérebro.” // ““O segredo para fortalecer o cérebro é aprender.” // “O aprendizado é uma chuva de rejuvenescimento para o cérebro.” // Aprender nos presenteia com a possibilidade de criar conexões mais numerosas entre os neurônios, tornando o pensamento mais potente. Certa vez, quando disse isso a uma paciente, ela respondeu: “Ah, doutora, mas eu já faço tricô e crochê.” Bem, não vale o que já sabemos; tricô e crochê, só se for para aprender um ponto novo, intricado. “Ah, mas eu já toco piano”, me disse outro. Só vale se mudar de estilo – um pianista clássico, por exemplo, que envereda pela improvisação do jazz. O melhor recurso para desenvolver conexões cerebrais é a música. Quando aprendemos a tocar um instrumento musical, nosso cérebro pratica outra linguagem, associada à escuta. A música “ocupa” uma região cerebral que o Alzheimer não alcança e pode se tornar a nossa conexão com o mundo caso tenhamos a doença.
Ou seja.
Não basta ter uma atividade que você gosta muito na sua vida, mas é importante colocar pequenos desafios nela para que sua mente “balance o rabinho”.
Veja a comida como um remédio:
“Hipócrates nos ensinou isso na raiz da medicina: façamos do alimento a nossa medicina, da medicina o nosso alimento.”
Sugestão: limite muito o prazer que você coloca na comida, deixando para momentos muito particulares. No cotidiano, procure comer de forma sóbria, procurando um meio termo entre: gostar razoavelmente e te fazer bem.
Relação da oralidade com respeito à velhice
“Nas aldeias, de modo geral, “o velho é a pessoa mais respeitada, sendo procurado por jovens, que buscam conselhos e inspiração para os rumos de suas vidas”, escreveu a pesquisadora argentina radicada no Brasil Marina Marcela Herrero,* que atua no apoio ao movimento indígena desde 1983.” // Na conclusão de seu estudo, ela afirma que “os idosos e as idosas representam a sabedoria e suas figuras também são fundamentais na organização social e na sobrevivência da comunidade, já que são o arquivo vivo dos saberes ligados à medicina, às ervas, às músicas, às danças, aos rituais e às festas. Eles nunca representam um fardo a ser carregado pelos mais jovens […] Formam parte indispensável do tecido social de seus povos”.
No passado, baseávamos receber o conhecimento na memória, principalmente de pessoas com mais idade.
A escrita mudou isso.
Hoje, o papel de pessoas mais velhas pode ser muito mais pela experiência de vida. Principalmente, para aquelas que tem um Quarto Ciclo Mais Saudável.
Voltemos ao tema do artigo.
Vamos comparar conceitos mais fracos com mais fortes.
Conceitos Mais Fracos são aqueles que geram mais confusão do que entendimento;
Conceitos Mais Fortes são aqueles que geram mais entendimento do que confusão.
Vamos a alguns exemplos, que temos usado muito por aqui, mas vale revisitá-los.
Ciência Pura.
Vejamos o que o ChatGPT diz sobre ela:
“A ciência pura é motivada pela curiosidade e pelo desejo de expandir o conhecimento humano sobre como o universo funciona, sem um objetivo imediato de gerar benefícios diretos para a sociedade.”
Vamos analisar de forma mais lógica este conceito.
Quando temos um conceito que inspira um antônimo, tal como “pura” – teoricamente – faz um contraponto a impura.
O que não é verdade. Temos aqui um bom exemplo de Falsa Dicotomia.
Falsa Dicotomia ocorre quando o antônimo não nos leva ao entendimento, mas gera confusão.
O antônimo de Ciência Pura é Ciência Impura – que é chamada de Ciência Aplicada – o que dá a ideia de uma Ciência mais aplicada como algo menos importante.
A pureza da ciência seria, então, ficar viajando na maionese sem nenhuma preocupação com a sociedade e a impureza é procurar resolver problemas.
Quando na verdade, não há a possibilidade de termos duas ciências diferentes, mas etapas de qualquer processo científico.
O que se chama erradamente de “Ciência Pura”, na verdade, é a conversa sobre Essenciologia.
O contraponto que se quer fazer é o estudo mais essencial de um determinado fenômeno, que chamamos de Essenciologia.
Vejamos a Essenciologia do estudo do Digital.
Que tipo de revolução estamos passando? Esta é uma questão Essenciológica do estudo do Digital, com diversas respostas diferentes: revolução industrial, do conhecimento ou midiática?
Procurar a essência de um determinado fenômeno não tem nada de puro – é algo fundamental.
A Essenciologia é o primeiro passo do estudo de qualquer fenômeno, seguido das teorias (estudo das forças), da metodologia (como lidar com ele), do operacional (lidando com ele) e, por fim, a revisão (saber o que pode ser melhorado).
Assim, a Ciência Pura não é algo como diz o TC:
“A ciência pura é motivada pela curiosidade e pelo desejo de expandir o conhecimento humano sobre como o universo funciona, sem um objetivo imediato de gerar benefícios diretos para a sociedade.”
Na verdade, temos o seguinte:
A Essenciologia é o primeiro passo para definir o que é o fenômeno, o que ele não é para que depois possamos procurar as forças que interferem nos seus movimentos.
Em qualquer uma das etapas da ciência é possível refletir sobre novas formas de pensar sobre o mainstream, promovendo um pensamento mais lógico e abstrato sobre ele.
Isso não é mais puro, é apenas mais abstrato com o objetivo de revisar o diálogo e torná-lo mais claro e mais fácil para que possamos lidar melhor com dado fenômeno.
Um dos principais problemas de Conceitos Mais Fracos é criar falsas dicotomias que dão margem à confusão e mesmo o uso indevido para benefícios escusos de um determinado grupo ou pessoa.
Conceitos Mais Fracos mais atrapalham do que ajudam nossa relação com os fenômenos da realidade.
Outro problema pode ser visto no conceito de Transformação Digital.
Note que Transformar – sair de uma formação para outra precisa ser seguida de algo bem concreto para que seja compreensível.
Transamazônica – é algo concreto, uma estrada que atravessa o amazonas;
Transexual – passagem de um sexo para outro.
Note, entretanto, que o termo “Digital” não é algo concreto, pois existem diversas interpretações do que é a passagem do analógico para o digital.
A ideia de Transformação Digital, a princípio, passa a ideia de que se deve usar computadores – mas é só isso que faz com que uma empresa se torne mais competitiva neste novo mercado?
Estamos vivendo hoje o início da Civilização 2.0. O que isso significa em termos de uso de conceitos?
A história nos mostra que quanto mais complexo é o Ambiente de Sobrevivência, mais o ser humano precisa sofisticar a sua forma de pensar.
Um dos pontos principais a ser desenvolvido na Civilização 2.0 é justamente o questionamento de Conceitos Mais Fracos, pois precisamos de mais entendimento e menos confusão.
Ou seja.
O uso de Conceitos Mais Fortes é fundamental para que tenhamos uma relação mais adequada com a realidade.
É isso, que dizes?
“Nepô é o filósofo (cientista da sabedoria) da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.” -Léo Almeida.
“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções.” -Fernanda Pompeu.
Bem vindo aos Bimodais – estudamos a nova Ciência da Inovação, que se divide em Inovação Civilizacional, Grupal e Pessoal.
Estamos mais focados em 2024 na Inovação Pessoal.