O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.)
O que aprendi com este artigo?
Resumo feito pelo Tio Chatinho (ChatGPT):
No presente texto, Nepô nos apresenta as principais razões que dificultam a capacidade de dizer “não” às pessoas, abordando fatores evolutivos, culturais e emocionais que nos levam a priorizar a aceitação social e evitar conflitos. O autor argumenta que dizer “não” é essencial para manter nossa liberdade e que a dificuldade em fazê-lo está muitas vezes ligada à falta de clareza sobre o que realmente queremos dizer “sim”. Nepô sugere estratégias mais operacionais, como ganhar tempo para refletir antes de se comprometer, definir limites pessoais e investir no autoconhecimento para se especializar na arte de dizer “não”.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Me diga para o que você diz sim e não e te direi quem és.
- Quando uma pessoa é levada pela vida e não leva a sua própria, a tendência é ter mais dificuldade de dizer não.
- Quando você começa a se singularizar, a definir projetos pessoais de dentro para fora, aumenta a chance de você conseguir dizer nãos com mais facilidade.
- Quem tem dificuldade de dizer não para os outros, antes de tudo, está com problemas de dizer sim para ele mesmo.
- Uma boa dica é nunca dizer um sim imediato para tudo que tenha um impacto maior de dedicação de tempo.
- Definir o horário que você está disponível para o trabalho é fundamental para evitar se sobrecarregar.
- Se você tem dificuldade em dizer não e quer passar a fazer isso com cada vez mais facilidade, torne isso uma especialização na sua vida.
- Todo problema que vivemos é um indício de uma área que devemos estudar e nos tornar um especialista e procurar, com o aprendizado, ajudar quem sofre dele.
Os Mapas Mentais do Artigo:
Vamos ao Artigo:
“O preço de dizer sim o tempo todo é a sua própria liberdade.” — Tony Robbins.
Papo sobre Simcismo com o Tio Chatinho
Perguntei para o Tio Chatinho:
Por que as pessoas têm dificuldade de dizer não para as outras?
Ele me respondeu:
“A dificuldade de dizer “não” está profundamente enraizada em aspectos sociais, emocionais e evolutivos do comportamento humano. Existem várias razões para isso, que incluem desde condicionamentos sociais até características psicológicas individuais:
1. Desejo de Aceitação e Pertencimento:
Desde tempos ancestrais, a aceitação dentro de um grupo era essencial para a sobrevivência. Ser aceito e manter boas relações era uma questão de vida ou morte. Hoje, embora a sobrevivência não dependa mais da aprovação social, o desejo de ser aceito continua a ser um forte motivador.
Quando se diz “não”, existe o risco de desagradar o outro, o que ativa um medo inconsciente de rejeição e exclusão.
2. Condicionamento Cultural e Social:
Em muitas culturas, é ensinado que ser prestativo e agradável é uma virtude. Isso cria uma norma social onde dizer “sim” é visto como sinal de educação, respeito e empatia.
Esse condicionamento social é mais evidente em culturas coletivistas, onde o bem-estar do grupo é colocado acima do individual, mas também existe em sociedades individualistas como uma forma de “simbolizar” gentileza.
3. Empatia e Sensibilidade:
Muitas pessoas são naturalmente mais sensíveis às emoções dos outros e têm uma forte empatia. Isso significa que sentem um desconforto real ao imaginar como o outro se sentirá ao ouvir um “não”.
Esse desconforto pode levar a um comportamento de “agradar o outro” para evitar sentimentos negativos e, consequentemente, preservar a harmonia.
4. Medo de Conflito:
Dizer “não” pode gerar conflito ou tensão. Para pessoas que evitam conflitos, isso se torna uma situação de alto estresse, levando à opção mais fácil: ceder.
O medo de confronto está, muitas vezes, associado a experiências anteriores em que expressar limites resultou em consequências negativas, como brigas ou perda de relacionamento.
5. Desejo de Ser Útil e Importante:
Algumas pessoas têm um desejo inconsciente de serem vistas como indispensáveis. Ao dizer “sim”, sentem que estão assumindo um papel importante, o que alimenta seu senso de valor pessoal.
Esse comportamento está vinculado a crenças como “se eu não fizer, ninguém mais fará” ou “as pessoas só gostarão de mim se eu for útil”.
6. Autopercepção e Autoestima:
Pessoas com baixa autoestima podem temer que, ao dizer “não”, o outro passe a vê-las como egoístas ou menos competentes. Isso as faz evitar o “não” como uma forma de proteger a autoimagem.
A dificuldade de impor limites também pode ser uma consequência de não se sentir merecedor de priorizar suas próprias necessidades.
7. Dissonância Cognitiva e Incerteza:
Quando uma pessoa não está segura de suas próprias prioridades ou valores, pode ser mais difícil tomar uma posição firme. O “não” requer uma clareza interna que algumas pessoas não desenvolveram, levando a concessões por falta de autoconhecimento.
8. Programação Evolutiva:
Do ponto de vista evolutivo, nossos ancestrais precisavam se integrar e colaborar com outros para sobreviver. Esse comportamento colaborativo foi passando para as gerações, de forma que a tendência de evitar comportamentos que pudessem ser vistos como “hostis” (como negar um pedido) faz parte de nossa biologia social.
Assim, a dificuldade de dizer “não” é uma combinação de fatores evolutivos, emocionais e culturais, todos trabalhando para manter o equilíbrio entre o desejo de se autoproteger e o desejo de manter boas relações sociais. Trabalhar esses aspectos passa por desenvolver uma comunicação assertiva e uma maior compreensão das próprias emoções e necessidades.
Reflexões sobre o Simcismo
O que constato disso tudo?
A vida é um eterno processo de dizer sim e não.
Me diga para o que você diz sim e não e te direi quem és.
Quem só sabe dizer sim, a despeito da sua vontade, sofre o micro-transtorno do Simcismo.
Quando uma pessoa é levada pela vida e não leva a sua própria, a tendência é ter mais dificuldade de dizer não.
Quando você começa a se singularizar, a definir projetos pessoais de dentro para fora, aumenta a chance de você conseguir dizer nãos com mais facilidade.
Antes de aprender a dizer “não”, é crucial saber para o que se quer dizer “sim”. Isso envolve clareza sobre seus objetivos, valores e o que realmente importa em cada contexto.
Ou seja.
Quem tem dificuldade de dizer não para os outros, antes de tudo, está com problemas de dizer sim para ele mesmo.
Dicas para reduzir a Taxa de Simcismo
Uma boa dica que li – não me lembro o livro – é nunca dizer um sim imediato para tudo que tenha um impacto maior de dedicação de tempo.
A dica: “Posso te dar uma resposta amanhã?”
Quando alguém te convida para algo, você pede um tempo para pensar. Neste tempo, você pode:
Ter um espaço para respirar e analisar o convite com seus objetivos;
Pedir mais detalhes, pois muitas vezes é preciso entender melhor todo o contexto, antes de se comprometer;
Pensar em alternativas para quem te convidou, caso vá dizer não, tal como indicar alguém, sugerir alternativas (não posso isso, mais isso talvez seja mais viável).
Duas malandragens que o Tio Chatinho sugere para dizer um não mais simpático:
Entendo que isso é importante para você, mas neste momento preciso priorizar outra tarefa;
Gosto muito de trabalhar com você, mas nesse projeto não poderei colaborar. Se precisar de suporte em outra área, ficarei feliz em ajudar.
Aqui na minha atividade de conceituador, entendi que o meu Eu Criativo precisa de um tempo mais longo para poder recarregar as baterias.
Assim, eu decidi que meu trabalho vai de segunda a quarta e tiro de quinta a domingo para não trabalhar.
Isso virou para mim os limites que estabeleci e procuro seguir. Na quinta, me dedico a resolver problemas de todos os tipos, como médicos, exames, compras no centro da cidade.
Assim, não faço atividades nestes dias.
Definir o horário que você está disponível para o trabalho é fundamental para evitar se sobrecarregar.
Outro ponto fundamental é o seguinte: quais são as atividades que você quer fazer e as que não quer.
Outro dia, me convidaram para dar um curso de Gestão de Conhecimento. Apesar de ser professor em um MBA de Gestão do Conhecimento, eu dou aula sobre os impactos do Digital.
Não me coloquei disponível para o convite e indiquei pessoas que poderiam cumprir a tarefa com prazer e com muito mais competência.
Faça do Simcismo Limão uma Limonada
Outro ponto que acho relevante é aprendermos a nos especializar nos nossos micro transtornos.
Se você tem dificuldade em dizer não e quer passar a fazer isso com cada vez mais facilidade, torne isso uma especialização na sua vida.
Faça da arte de dizer não uma missão para a qual você vai:
Ouvir Podcasts;
Ler livros;
Fazer, se achar necessário, terapias com Inovadores Pessoais Existenciais que possam ter especialização no problema.
Para que isso seja possível, lance mão do caderninho dos nãos.
Comece a experimentar dizer não e faça o seguinte:
Que tipo de não eu disse para fulano?
Quais foram as sensações que eu senti?
Como eu posso superar estas sensações – o que devo fazer para me ajudar a me sentir melhor?
O que aprendi com este não que pode servir para os demais?
Um dos aprendizado que tivemos aqui no nosso estudo é o seguinte:
Todo problema que vivemos é um indício de uma área que devemos estudar e nos tornar um especialista e procurar, com o aprendizado, ajudar quem sofre dele.
É isso, que dizes?
“Nepô é o filósofo (cientista da sabedoria) da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.” -Léo Almeida.
“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções.” -Fernanda Pompeu.
Bem vindo aos Bimodais – estudamos a nova Ciência da Inovação, que se divide em Inovação Civilizacional, Grupal e Pessoal.
Estamos mais focados em 2024 na Inovação Pessoal.