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“O problema está na estrutura de nossas mentes: não aprendemos leis, apenas fatos.” – Taleb.
Vamos ver a diferença entre:
- Fatos – circunstâncias, situações acabadas ou que estão prestes a acontecer; acontecimentos;
- Padrões – aquilo que regula, as normas e regras que provocam os fatos.
Os fatos acontecem, a partir de determinadas padrões.
Quem conhece melhor os padrões, tem mais chance de reduzir a incerteza dos fatos.
Quem estuda fatos, assim, não os prognostica ou prevê, apenas lida com eles, quando acabam de ocorrer.
Portanto:
- O Futurismo de Curto Prazo analisa mais os fatos e menos os padrões;
- O Futurismo de Longo Prazo analisa mais os padrões e menos os fatos.
Isso vale para todas as épocas, para todos os cenários.
Podemos, assim, entender o Futurismo como a atividade humana de fazer prognósticos.
Todos nós praticamos o Futurismo de forma regular. O papel de um Futurista Profissional, entretanto, é o de ter consciência, refletir para estruturar melhor essa atividade.
O Futurista de Excelência só vende o que consegue enxergar por mais que o cliente queira comprar ilusões.
Porém, há momentos em que é mais fácil Futurar. Quando estamos diante de Cenários Normais e há momentos, como agora, de Cenários Excepcionais.
Digo mais.
Há um espiral de complexidade na atividade de prognosticar.
Quanto mais gente houver no planeta, mais globalizado ele for, mais interdependente estivermos um dos outros, mais difícil será a atividade da Futuração.
Volto ao Taleb:
“Nossas intuições foram feitas para um ambiente com causas e efeitos mais simples e com informação que se moviam mais lentamente.”
Assim, o processo da Complexidade Demográfica Progressiva afeta também a atividade de Futuração.
Prever o Futuro antes do Digital era uma coisa, depois, é outra MUITO diferente.
Porém, além da Complexidade Demográfica Progressiva, que é um fator incremental e gradual na atividade de Futurar, vivemos hoje um fenômeno muito raro e particular.
Podemos dizer o seguinte.
Nunca em toda a história humana, vivemos um fenômeno tão marcante como a chegada da Revolução Midiática Civilizacional, sobre o qual conhecemos tão pouco.
Sim, tivemos no passado outras Revoluções Midiáticas Civilizacionais, mas o Patamar de Complexidade Demográfica não era tão elevado.
Uma Revolução Midiática ocorre hoje na complexidade de uma população de oito bilhões de habitantes, o que causa efeitos colaterais muito maiores e mais inesperados.
E nestes Momentos Extravagantes temos que sair do Futurismo Normal para o Extraordinário ou o Super Extraordinário.
Temos diante de nós mudanças em Padrões Estruturais Desconhecidos e precisamos ter a noção de que tipo de Futurismo pode dar conta do recado.
Vejamos os Três Tipos de Futurismo e as respectivas situações, que os tornam mais necessários:
- Futurismo Normal – padrões conhecidos, Estabilidade Estrutural, com pequenas Instabilidades Conjunturais;
- Futurismo Extraordinário – padrões desconhecidos, Estabilidade Estrutural, com grande Instabilidade Conjuntural;
- Futurismo Super Extraordinário – padrões desconhecidos, com grandes Instabilidade Estrutural.
Vejamos agora as Ferramentas Futuristas de Análise:
- O Futurismo Normal trabalha basicamente com fatos e Padrões Convencionais e Conhecidos, sem necessidade de comparativo histórico com ajustes operacionais;
- O Futurismo Extraordinário revê Padrões Convencionais e Conhecidos que geram Instabilidade Conjuntural, com necessidade de comparativo histórico de anos, no máximo década, com modificações operacionais, com ajustes teóricos;
- O Futurismo Super Extraordinário revê Padrões Convencionais e Conhecidos que geram Instabilidade Estrutural, com necessidade de comparativo histórico de períodos de tempos longos, décadas, séculos e milênios, com ajustes filosóficos.
Vejamos agora diferentes exemplos para a aplicação dos diferentes Tipos de Futurismo:
- O Futurismo Normal – cotidiano, eventos corriqueiros, Padrões Convencionais;
- O Futurismo Extraordinário – pandemia, crise econômica, guerra entre países;
- O Futurismo Super Extraordinário – Revolução Midiática Civilizacional.
O grande equívoco que vivemos hoje é NÃO utilizarmos o Tipo de Futurismo adequado para o Tipo de Fenômeno que estamos lidando.
Uma Revolução Midiática Civilizacional, por alterar Padrões Convencionais e Conhecidos Estruturais, exige que utilizemos o Futurismo Super Extraordinário.
O Futurismo Super Extraordinário promove revisões filosóficas e parte do estudo da Macro História para analisar Mudanças Estruturais Desconhecidas.
Porém, o que se vê no Mercado de Futurismo não é isso: se está utilizando o Futurismo Normal, no máximo o Extraordinário para entender algo que pede o Futurismo Super Extraordinário.
Eis o principal equívoco que estamos cometendo.
Uma Revolução Midiática Civilizacional é um fenômeno recorrente, que ocorre com espaçamento de milênios e séculos e exige que se faça uma análise Macro-Histórica, não Meso e muito menos Micro.
Hoje no Mercado de Futurismo se analisa os fatos, porém não se consegue entender os Padrões do Fenômeno, que só podem ser vistos, comparados e analisados na Macro-História.
É preciso um ajuste.
Em resumo.
Hoje, no Mercado de Futurismo, que está bem aquecido, estão querendo montar cavalo com roupa de ciclista.
E a coisa não está funcionando.
É isso, que dizes?
Colaborou a Bimodal: Fernanda Pompeu.
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