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“O ser humano não pode sobreviver apenas com percepções. É preciso conceituar.”Ayn Rand.

Conceitos são ferramentas para a compreensão da realidade. A organização dos conceitos forma narrativas, que nos ajudam a nos aproximar mais dos fatos e, como consequência, tomar decisões melhores.

Assim, podemos dizer que quem conceitua e narra melhor, tende a tomar decisões melhores e vice-versa.

Se conceituar e narrar são atividades tão importantes, por que refletimos tão pouco sobre a arte/ciência de conceituar e de narrar?

A Bimodais tem feito um esforço para melhorar as sua própria Metodologia de Conceituação e Narração, através da leitura e análise de diversos autores, que se dedicaram a estudar este problema, em particular Thomas Kuhn (1922 – 96) e Ayn Rand (1905 – 82).

Toda a pessoa que quer pensar melhor, precisa se dedicar ao estudo, aprendizado e o aperfeiçoamento das Metodologias de Conceituação e Narração, Ferramenta Conceitual fundamental para melhorar a Taxa da Qualidade das Reflexões e Decisões.

Uma Metodologia de Conceituação e Narração Mais Eficaz tem como eixo central a criação de conceitos, que precisam ser precisos para evitar dois problemas fundamentais: a falta de sintonia com a realidade e a falta de empatia com quem vai utilizar o conceito posteriormente.

Assim, os conceitos fazem uma espécie de equilíbrio entre dois pólos:

  • de um lado devem ser compreendidos, da forma mais fácil possível;
  • e, ao mesmo tempo, têm que manter uma aproximação com os fatos.

Muitas vezes, à procura de serem compreendidos, criar Empatia Conceitual, faz com que os Conceituadores façam conceitos que se afastam da Sintonia Conceitual com a realidade.

É um jogo de aproximação (sintonia/empatia), que aqui na Bimodais chamamos de “brincadeira conceitual de corredor”, tentando fazer uma conexão entre os Conceitos de Sala (que geram empatia) dos Conceitos de Cozinha (que procuram manter a sintonia com a realidade).

Mas o que seria exatamente aumentar a Taxa da Precisão dos Conceitos?

Conceitos são formados por duas ou mais palavras ou, de forma mais rara, pela criação de neologismos individuais (novas palavras).

Toda palavra tem suas Raízes Históricas (estudadas pelas etimologia, que analisa a origem e da evolução das palavras). Cada palavra, tem determinadas decodificações pelo senso comum.

Ao se procurar conceituar, é preciso sempre recorrer às Raízes Históricas das Palavras e preocupação de estar afinado com o sentido original da mesma, bem como, de como o senso comum lida com ela.

Detalhamos aqui, por exemplo, a imprecisão do conceito “Ciência Pura”,  formado por duas palavras: Ciência (substantivo) e Pura (adjetivo).

Consideramos alta neste caso a Taxa de Imprecisão Conceitual, pois há uma boa chance da leitura original da palavra “Pura” dar a impressão que o seu contraponto, “Aplicada” passar a ser compreendida como algo melhor, menos sujo, ou poluído.

O conceito “Ciência Pura”, que quer definir um tipo de Ciência Mais Estrutural de outra mais Operacional acaba reforçando a ideia de um tipo de prática científica da “Torre de Marfim“, no qual cientistas estão fora do planeta.

O adjetivo “Pura” gera no imaginário das pessoas algo que não deveria, o que caracteriza, como dissemos no artigo, um problema de Adjetivação Inadequada, aumentando a chance de interpretações objetivas e subjetivas equivocadas.

O aumento da Taxa de Precisão dos Conceitos ajuda, assim, tanto no pólo da Sintonia com a Realidade, como no da Empatia com os respectivos Consumidores dos Conceitos.

No caso da Dicotomia Conceitual “Ciência Pura” e “Ciência Aplicada” existe sim uma polarização, mas que precisa somente de uma melhor adjetivação.

Não é falsa a dicotomia, mas apenas a adjetivação escolhida precisa ser melhor detalhada.

Temos, entretanto, em outra situações uma Falsa Dicotomia, quando se estabelece uma polarização entre dois conceitos que NÃO são opostos entre si.

“Rede” e “Hierarquia” que muitas vezes são colocados em pólos opostos – é um exemplo típico de Falsa Dicotomia.

Hierarquia, na primeira pesquisa que o Google apresenta (que é a mais utilizada), é a seguinte: organização fundada sobre uma ordem de prioridade entre os elementos de um conjunto ou sobre relações de subordinação entre os membros de um grupo, com graus sucessivos de poderes, de situação e de responsabilidades.

(Ao conceituar, é sempre bom ir nas Raízes Históricas das Palavras para saber se o conceito está adequado ou não.)

Note que “hierarquia”, pela sua definição, não é um adjetivo, mas um substantivo, que denota determinada ordem. Hierarquia pode ser substituída por Ordem, Organização ou Regras de Funcionamento.

Não podemos dizer que há redes sem regras de funcionamento. Toda rede tem algum tipo de regra, de hierarquia, que precisa ser adjetivada para saber de que tipo de rede estamos falando.

O que há de equívoco aqui é confundir hierarquia com verticalização, que pode ser uma definição aceita pelo senso comum, mas que foge às Raízes Históricas da Palavrahierarquia“.

O que ocorre é que parte das pessoas pode utilizar hierarquia pelo que está no dicionário e outra parte pode usar a mesma palavra pelo uso do senso comum, ampliando a Taxa de Confusão Conceitual.

“Hierarquia” – um tipo de ordenação – pode ser mais ou menos verticalizada, mais ou menos horizontalizada, conforme o tipo de rede que estamos analisando.

“Hierarquia”, substantivo, pede uma adjetivo.

Vejamos:

“Hierarquia” (substantivo) mais vertical (adjetivo) caracteriza um tipo de rede, utilizada pelo Sapiens para sobreviver.

“Redes”, pelo seu lado, é um sinônimo de ambientes de sobrevivência, no qual pessoas interagem.

Podemos ter vários tipos de redes humanas e não humanas.

Quando vamos nos referir a redes humanas é comum se utilizar o termo “Redes Sociais”, que não é sinônimo de “Redes Sociais”, com maior interação no Ambiente Digital.

Devemos chamar Redes, ao nos referirmos à sociedade, de Redes Sociais, Redes Humanas, Redes do Sapiens para nos diferenciar das outras Redes de outros animais.

Assim, podemos dizer que as redes são e sempre foram formadas por Ferramentas Conceituais e Operacionais, que formam no seu conjunto o grande Ambiente de Sobrevivência do Sapiens.

Há diversos tipos de redes sociais, que se utilizam de diferentes Ferramentas Conceituais e Operacionais e estas escolhas definem o tipo de hierarquia (ordem) que será estabelecida.

Assim, estamos falando das hierarquias (formas de organização) praticadas nas diferentes Redes Sociais (não confunda com Redes no Digital) ao longo da história.

Toda Rede Social tem uma determinada ordem hierárquica para poder funcionar. Portanto, Rede Social é um substantivo e hierarquia é outro, que não são polarizados.

É, portanto, uma Falsa Dicotomia a contraposição de Redes versus Hierarquia.

A contraposição de “Redes” versus “Hierarquia” é uma Dicotomia Tóxica, pois gera muito mais confusão do que explicação e deve ser evitada.

É isso, que dizes?

Colaboraram os Bimodais:

Rodrigo Palhano, Fernanda Pompeu.

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GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS

GRIFOS EM NEGRITO E AZUL: NOVOS CONCEITOS BIMODAIS CRIADOS NO MÊS DE MAIO (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO)

PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.

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