“Um homem aponta o céu. O tolo olha o dedo, O sábio vê a lua.” – provérbio chinês.
Uma visão filosófica fundamental sobre o Sapiens é a seguinte: tecnologias são portas que abrem quartos antes inexistentes.
Quando inventamos o avião no passado passamos de uma espécie não para uma voadora. O avião quebrou, assim. uma barreira física intransponível.
Quando chegou o avião um futurista deveria ter se perguntado o que a possibilidade de voar nos trará?
Quando chegou o avião, a visão adequada de um futurista seria a seguinte: o que uma espécie agora voadora poderá fazer, a partir dessa nova tecnopossibilidade?
Quando chegou o avião, a visão adequada de um futurista seria também a seguinte: quais demandas do sapiens sairão do armário agora que podemos voar?
As novas tecnologias têm que ser vistas pelos estrategistas como expansão das paredes do nosso “Tecnoaquário”, que permitem que os “peixes” possam nadar aonde não podiam antes.
Quem olha para a nova tecnologia precisa se perguntar: que tipo de nova sociedade poderá ser criada, a partir dessa nova Tecnopossibilidade?
Novas tecnologias criam a possibilidade do Sapiens se reinventar enquanto espécie.
Mais ainda nessa direção.
Quanto mais uma nova tecnologia nos permite nos reinventar, mais central ela é.
Quanto mais central é uma tecnologia – mais permite mudanças no sapiens – mais as mudanças que ela provocará será maior e vice-versa.
Podemos, assim, definir três tipos de tecnologia:
- as periféricas – que permitem pouca alteração da espécie;
- as intermediárias – que aumentam a taxa de mutação da espécie, tal como a da energia, alimentação e médica;
- e as centrais – que alteram profundamente e, de forma disruptiva, como o surgimento de uma nova mídia e, no futuro, a engenharia genética ou o surgimento de ciborgues – uma nova espécie com independência (se for o caso).
Ao olharmos para as novas tecnologias temos que entender que tipo de demandas reprimidas poderão “sair do armário”. Quanto mais centrais elas forem, mais demandas sairão.
PS – o papel das tecnologias da sociedade faz parte do ramo Filosofia da Tecnologia, que tem a missão de entender a essência destas para uma tecnoespécie.
É isso, que dizes?
Venha ser um Futurista Bimodal, com a melhor formação sobre o futuro do Brasil. Nós somos a nave Nabucodonosor, aquela mesma que te tira e te deixa fora de Matrix. Bora?