É comum se defender que os Ubers (Airbnb, Youtube, Mercado Livre e o próprio Uber) são apenas um novo modelo de negócio. Isso é falso!
As teorias administrativas não admitem que existem modelos administrativos que mudam na Macro-História, a partir de mudanças de mídia. Por causa disso, a confusão.
Os Ubers têm os mesmos fundamentos da administração: um tipo de controle de qualidade sobre serviços e produtos, clientes, relação de custo-benefício, etc. Porém, a diferença não está no que fazem, mas como fazem!
Os Ubers se utilizam da nova mídia (em especial a linguagem dos rastros) para permitir que o usuário possa decidir sobre um conjunto enorme de fatores dentro da organização.
É essa participação ativa do cliente, via linguagem dos rastros, que permite que os Ubers possam ter o acervo de produtos e serviços aberto e mais exponencial.
Há critérios para que se possa colocar filmes no Youtube, abrir sua casa para aluguel, mas a decisão se aqueles produtos e serviços devem continuar é cada vez mais tomada pelo cliente, conforme o modelo vai ganhando maturidade para ter cada vez mais escala.
Os Ubers têm nova forma disruptiva de praticar o controle de qualidade de produtos e serviços. E é essa nova forma que permite ser muito mais exponencial do que os modelos administrativos tradicionais.
Nos Ubers, cada cliente, de alguma forma, assume o antigo papel do gestor de qualidade, avaliando cada produto e serviço, permitindo aumento da taxa de qualidade na quantidade e vice-versa.
Clay Shirky, tecno-pensador americano, define bem a passagem administrativa: antes se filtrava para publicar e hoje se publica para filtrar. Os Ubers são assim.
O Netflix, por exemplo, filtra para publicar. O Youtube publica para filtrar. São dois DNAs administrativos diferentes. O Netflix tem um “carimbador” central de qualidade e o Youtube não tem.
O Netflix tem um modelo de negócios baseado na Administração 1.0 – é acervo fechado e controlado pelo centro. O Uber tem um modelo de negócios baseado na Administração 2.0 – é acervo aberto e controlado pelas pontas.
Hoje, se olhamos para os dois podemos ter a ilusão que eles visam públicos diferentes e tem monetizações distintas. Porém, se olhamos com uma perspectiva comparativa de outras revoluções midiáticas, se consegue perceber a mudança.
A tendência futura é que modelos administrativos como do Youtube ganhem cada vez mais espaço, ocupando lentamente aquele que é hoje ocupado pelo Netflix e similares.
Ubers conseguem praticar uma qualidade na quantidade muito mais exponencial do que os modelos tradicionais. É essa a grande macrotendência para o futuro.
Estamos diante de uma disrupção administrativa, na qual novas organizações podem ter milhões de usuários e fornecedores sem a necessidade de um gerente de qualidade central. É essa a grande novidade do cenário, o resto é incremental ou radical.
É isso, que dizes?
A Bimodais – melhor escola de futurismo do Brasil – tem se esforçado para desenvolver uma narrativa, que consiga explicar o que está ocorrendo e sugerir caminhos para pessoas, profissionais e organizações.
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Esse é um novo caminho, a admistração 2.0 onde a disrupção dos negócios vai estar alinhada a tecnologia das plataformas