O livro do senhor Klaus precisa de ajustes.
Já disse aqui que a Revolução Industrial é uma sub-revolução, mais um dos tantos impactos da Revolução Midiática que veio antes e tem efeito maior na sociedade.
Revoluções midiáticas permitem “surtos de inovação” em diversas áreas, que impactam o setor industrial.
A Quarta Revolução Industrial do ponto de vista exclusivo de um Industrial, faz sentido, mas não como referência para toda a sociedade.
Vejamos a base da tese do Klaus:
Pela lógica, o que podemos entender é que há um forte impacto no ambiente industrial quando temos novas Tecnologias de Automação, de Energia e de Transporte, que permite a criação de novas Macro Metodologias Industriais.
Assim, é preciso incorporar TODAS as tecnologias de forma integrada para enxergar melhor o fenômeno da sub-revolução industrial, que estamos chamando de Quarta:
- Podemos entender Tecnologias de Automação Industrial pela chegada de tecnologias que são capazes de substituir a força humana (seja física ou cognitiva) para aumentar a capacidade produtiva;
- Podemos entender Tecnologias de Energia, aquelas que permitem operar novas máquinas industrias, a partir de novas forças da natureza que foram dominadas;
- Podemos entender Tecnologias de Transporte, aquelas que permitem novas formas de circulação de matérias-primas e produtos;
- Podemos entender Macro Metodologias Industrias, aquelas que conseguem unir as novas tecnologias que se massificam para aumentar a capacidade produtiva.
Assim, o que podemos afirmar, numa primeira análise é que uma Revolução Industrial é possível ser caracterizada quando temos tecnologias radicais ou disruptivas na automação industrial, na energia e no transporte, que permitem criar novas Metodologias Industriais de produção.
Vejamos um quadro mais adequado para a Quarta Revolução Industrial:
Note, que o diferencial até a terceira revolução industrial era o aspecto energético, que perde de importância para o surgimento do novo modelo de automação cognitiva, com a chegada dos robôs.
A Automação Cognitiva 1.0 permitiu a produção de vários produtos, os carros são os mais lembrados e agora se sofistica com o avanço da Inteligência Artificial.
Assim, além do surgimento de novas energias, transporte, o grande diferencial é o surgimento da Automação Cognitiva 2.0, com a Inteligência Artificial.
Por fim, volto a repetir, quando falamos de Revolução Industrial, temos que entender que a inovação na Indústria não é a causa de várias fenômenos que estamos passando na política, educação, na mudança de hábitos dos consumidores.
O Uber não pode ser explicado pela lógica da Quarta Revolução Industrial, por exemplo, nem o Youtube.
Não é, portanto, o epicentro da mudança, mas mais uma Sub-Revolução entre várias outras, que precisa ser colocada dentro do contexto.
Uma reflexão aberta, entretanto, é o quanto a Uberização vai tomar conta da indústria, com a descentralização da produção em grande plataformas.
Mas isso falamos mais adiante.
É isso, que dizes?