Desenvolvemos narrativas sobre a vida e problemas.
Narrativas são compostas de conceitos filosóficos, teóricos, metodológicos e operacionais.
As narrativas espelham a forma como nós pensamos e, obviamente, agimos.
Quando se analisa a forma como alguém fala, percebe-se o jeito que pensa e age.
Quando questionamos determinado conceito, por exemplo, “vivemos a quarta revolução industrial” aí está contido uma forma de pensar sobre o digital.
Se queremos que a pessoa pense diferente disso, temos que questionar a forma como ela fala, que implicará em rever como se pensa e, por fim, como se age.
Nestes últimos vinte anos de consultoria, palestras e principalmente, cursos observo claramente a influência que diversos autores exercem indiretamente sobre meus alunos.
E percebo o quanto outros autores não influenciam em nada.
Quando questiono a forma como narram suas ideias estou criando uma espécie de impasse na forma como pensam e agem.
No fundo, a psicanálise já chegou a conclusão sobre isso há muito tempo.
Se você para para pensar sobre como fala, por exemplo, eu sugiro em sala de aula de trocar “eu acho”, por “minha percepção é”.
O acho inspira certeza fechada e minha percepção de algo que está em aberto à procura de ideias melhores.
É isso, que dizes?