Nada ocorreu no passado como agora: a passagem de uma Civilização para outra.
Há duas grandes novidades para o Sapiens, que justificam o diagnóstico de mudança civilizacional:
- Chegada e massificação de nova mídia disruptiva;
- Chegada e massificação do uso de cérebro paralelo (inteligência artificial).
No passado, podemos dizer que já tivemos a passagem incremental ou mesmo radical de mídias, mas que mantinha a mesma topologia administrativa, através de líderes-alfa centralizados e intermediadores.
O Airbnb (nova linguagem dos cliques), Blockchain (modelo de armazenamento distribuído), Youtube (novos canais descentralizados) e o Uber Pool (inteligência artificial tomando decisões sozinha) nos aponta para o surgimento de um emergente novo ambiente administrativo.
A nova mídia é, assim, disruptiva, pois permite criar, a partir dela, novos modelos administrativos sem o antigo líder-alfa, que é substituído por novas possibilidades de controle mais descentralizadas (ou pelo consumidor/fornecedor ou por robôs inteligentes).
Além disso, é a primeira vez que temos, em paralelo ao surgimento de nova mídia, a massificação de cérebro paralelo, não humano, capaz de tomar decisões e ajudar – ou mesmo criar – o novo modelo administrativo não centralizado em líderes-alfas.
Qualquer comparação que tenha tentado fazer para comparar este momento histórico com outro não se acha na macro-história.
O que pode nos apontar a maior ruptura já promovida e vivida pelo Sapiens na sua caminhada.
Há momentos similares, mas nada como isso. É o início, de fato, de nova civilização, que muda a sua estrutura básica: a passagem de uma topologia mais vertical para uma radicalmente mais horizontal.
Temos ainda alguns outros movimentos relevantes, que podem complementar macro-novidades para essa Civilização 2.0: as mudanças genéticas no Sapiens e possíveis viagens no espaço distante e no tempo, a partir de novas descobertas da física.
Não é fácil compreender tudo isso na dimensão que é preciso, pois nossas mentes/cérebros não foram concebidos para mudanças nessa ordem e escala de disrupção.
O processo irá ficando mais claro com o tempo e conforme os inovadores disruptivos vão mostrando, na prática, o quanto é diferente o que podemos fazer com as novidades.
E o quanto o que fazíamos até aqui não era resultado de “nossa natureza”, mas das tecnologias que tínhamos disponível.
A marca para a grande virada foram: a chegada de 7 bilhões de Sapiens e novas mídias disruptivas, os pais da Civilização 2.0, que se inicia.
É isso, que dizes?