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A economia é o resultado da forma como o ser humano promove trocas e lida com a escassez de recursos.

A forma como o ser humano promove trocas é resultado de determinada cosmovisão.

Cosmovisões são maneiras de pensar e agir criadas por filósofos ou religiosos, que influenciam a sociedade no médio, mas principalmente no longo prazo.

Assim, crises econômicas são resultados práticos, apesar de distantes no tempo, de alguma cosmovisão criada bem antes e que agora está apresentando resultados.

Cosmovisões filosóficas em algum momento viram metodologias e, só então, podem ser analisados os resultados práticos.

Cosmovisões são criadas com a intenção de melhorar a vida do ser humano, porém nem sempre a vida respeita boas intenções.

Não existe cosmovisão neutra, etérea, pois a nossa forma de pensar NECESSARIAMENTE, mais dia, menos dia, vai influenciar nossa forma de agir.

Uma crise econômica demonstra, assim, equívocos de determinada cosmovisão que precisa ser repensada.

E isso é tarefa, geralmente, dos filósofos, que trabalham com linhas do tempo mais largas.

No Brasil de 2017, por exemplo, estamos saindo de crise econômica gerada por cosmovisões com a mesma origem: coletivismo, que acredita a centralização do poder, em torno do estado.

Todo coletivista tem como grande máxima o seguinte: “o estado é meu pastor e nada me faltará”.

O coletivismo cristão, num primeiro momento, pincelado por um coletivismo positivista e depois marxista formam o pensamento hegemônico do brasileiro.

Tais cosmovisões não defendem o indivíduo como fim em si mesmo, mas como meio para algo maior: por isso, coletivista.

Tal pensamento acredita acredita menos na possibilidade de  ordem espontânea e mais na coordenação das atividades, a partir de um centro, com determinada visão do todo.

O coletivismo é, por natureza, burocrático e vertical, bem avesso ao empreendedorismo, que precisa de liberdade individual para ousar.

E da desregulamentação do centro para que as pessoas possam livremente trocar e escolher o que é melhor para elas.

O estado passa a ser entidade que imaginariamente é espécie de “mãe protetora” com recursos fantasiosamente ilimitados, que produz dinheiro e seria capaz, de forma mágica, resolver todos os problemas.

Cria-se a ideia de direitos coletivos, independente da escassez de recursos. As pessoas têm direito, mesmo que não se tenha condições de atender.

Se passa para o coletivo o que deveria ser esforço individual.

A escassez, um dado matemático da economia, é demonizado, como se fosse algo perverso e não a própria realidade.

O coletivismo, ainda bem, se dissemina mais em épocas de mídias concentradas e perde força na descentralização das mídias, como agora.

Vivemos no Brasil e no mundo movimento de descentralização tecnológica, que se abre para movimentos anti-coletivistas, liberais de todos os tipos, que precisam promover intenso trabalho cultural.

É preciso aliar ao sentimento geral em busca de liberdade, que mídias descentralizadoras promovem, com conceitos filosóficos, teóricos e metodológicos, que ajudem a cada indivíduo a escolher, de forma autônoma, caminhar com próprias pernas.

É isso, que dizes?

 

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