Quer um ambiente social mais descentralizado?
Você tem que aderir necessariamente a forma de pensar e agir do Individualismo: cada pessoa com a maior responsabilidade possível sobre a própria sobrevivência.
Um pensamento filosófico individualista não nos levaria nunca a um regime como o nazismo e ao holocausto.
Um individualista é alheio a apelos de classe, de raça, de religiões.
Acredita na procura individual da felicidade, através de trocas voluntárias, daquilo que cada um consegue oferecer de melhor aos outros.
Individualismo é conceito filosófico que defende o ser humano como fim em si mesmo e nunca meio para se chegar a determinado objetivo coletivo.
Individualismo não é uma metodologia, mas um conjunto de filosofias para que haja gradual e permanente aumento da responsabilização de cada pessoa pelo seu próprio sustento, sua vida, seus pensamentos.
É excelente guia para formação de jovens, para que tenham sempre em mente que quanto mais cada um se responsabilizar pela própria vida, mais a sociedade poderá se horizontalizar, reduzindo riscos de regimes autoritários e totalitários.
Numa metodologia individualista se procurará reduzir ao máximo que uma pessoa seja obrigada a se responsabilizar pelo sustento do outro, a não ser por espontânea vontade, excetuando dependentes, que são parte de sua responsabilidade.
O individualismo é valor filosófico fundamental e conceito estruturante do Objetivismo, corrente criada por Ayn Rand.
Todo conceito filosófico, é bom lembrar, foi criado para se contrapor a outro.
O individualismo é oposição ao coletivismo, que, no fundo, como veremos, é um tipo de individualismo sem medição das consequências práticas e sem ética.
O coletivismo, com várias correntes políticas e ideológicas, admite que o ser humano possa ou deve ser instrumento para objetivo coletivo maior.
Escolhe-se uma causa maior, acima de todas as pessoas, e se estimula que cada pessoa abra mão de sua individualidade em nome da algo “maior”.
Esse tipo de pensamento é justamente o germe da verticalização e do autoritarismo ou totalitarismo.
No coletivismo/falso individualismo, se sugere que pessoas se integrem a determinado grupo por objetivo “mais nobre” em nome de que não tem condições de se responsabilizar pela sua própria vida.
Em contra-posição, a defesa coerente e lógica do individualismo apota que as demandas do nosso lado biológico animal são inadiáveis e não deveriam ser transferidas.
Todos temos inadiável fome, sede, sono, frio, calor, precisamos ir ao banheiro, além de várias outras demandas.
Tais demandas, objetivas e inadiáveis, são inerentes a cada pessoa e precisam ser resolvidas de alguma forma.
A pergunta que fica é: quem se responsabiliza por isso?
A diferença entre o coletivismo e o individualismo está na maneira que se resolve as demandas biológicas humanas de cada um.
Numa sociedade coletivista, há processo inevitável de centralização e hierarquização, pois mais e mais gente vai, aos poucos, transferir a responsabilidade de sua vida para um centro centro, que ficará cada vez mais controlador e poderoso.
O centro que deseja o controle verá com bom grado assumir esta responsabilidade, aumentando seu corpo burocrático para fazer o que cada pessoa não faz por ela mesmo.
E gerando, assim, gradualmente uma crise de complexidade: mais quantidade de decisões com cada vez menos qualidade.
A transferência de responsabilidade de sobrevivência individual de cada um para o centro, acaba por gerar problemas administrativos na sociedade.
Quem sobrevive pelo seu próprio esforço, perde motivação, pois mais e mais precisa pagar por aqueles que não fazem o mesmo.
E entramos num círculo vicioso de mais e mais gente, querendo viver sem gerar valor e se responsabilizar pela sua existência, pois há outro alguém que cuida disso.
Assim, o conceito filosófico do coletivismo, tirando a responsabilidade das pessoas pela sua sobrevivência, acaba por tornar as sociedades inapelavelmente mais hierárquicas, várias vezes autoritárias ou totalitárias.
Tudo isso em nome do “bem comum”!
As várias correntes coletivistas, de forma consciente ou não, acabam por retirar a responsabilidade de cada um em resolver os respectivos problemas biológicos.
Consideram, por vários motivos, que há alguma responsabilidade social para que isso seja feito de alguém por outro alguém.
Ou por que o mais rico é mais rico por causa do mais pobre e está em dívida. Ou por que há uma herança que foi recebida de forma indevida e precisa ser compartilhada.
E se estabelece obrigações para isso, em geral impostos, que obriga que tal ajuda seja feita de forma compulsória.
Os individualistas consideram que é responsabilidade de cada um resolver os respectivos problemas biológicos, considerando que não há responsabilidade social para que isso seja feito de forma obrigatória.
O individualista considera que a sobrevivência de cada um tem que ser descentralizada e não pode ser problema coletivo.
E vai se esforçar por criar sociedade de responsabilidade mútua, que quanto mais avançar nessa direção, mais vai se descentralizar, reduzindo o risco do autoritarismo e do totalitarismo.
O individualismo é a melhor vacina social contra holocaustos!
Assim, a visão individualista defende que cada pessoa sempre vai estar, querendo ou não, pensando nos seus problemas biológicos inadiáveis de alguma forma.
É uma espécie de egoísmo biológico inato, que precisa ser resolvido de forma racional e ética, através da problematização da responsabilidade da existência de cada um.
O individualismo acredita que tais valores devem ser estimulados para que cada vez mais, existam menos pessoas dependentes das outras na sociedade.
O coletivismo é um tipo de individualismo sem ética, pois admite e defende que várias pessoas sobrevivam na sociedade sem se responsabilizar pelo seu sustento.
Acaba-se, mais dia e menos dia, estimulando uma sociedade de párias, que demandarão mais e mais centralização, o que levará a sistemáticas crises de abastecimento.
Não é algo que se está inventando, mas se aprendendo com a história.