Transformação digital é conceito que vende bem, mas agrega pouco à competitividade.
Repare que o Uber é novo modelo administrativo e não novo uso tecnológico dentro do mesmo dentro do modelo .
Usa novas tecnologias para criar novo modelo.
O mesmo podemos dizer do Airbnb, Mercado Livre, YouTube, Bitcoin, etc.
O que estamos vivendo é transformação administrativa, com as possibilidades que as novas tecnologias oferecem – e não o contrário.
Assistimos, assim, não a transformação digital, mas a transformação administrativa, via digital.
Crescemos demais a população nos últimos 200 anos e precisamos agora de novas formas para administrar processos cada vez mais complexos.
As organizações tradicionais precisam criar áreas separadas, com visão estratégica disruptiva, para abandonar a Gestão e adotar o novo modelo administrativo uberizado.
Nestas áreas vai se deixar para trás o gerente, o controle centralizado de qualidade e funcionários com carteira assinada.
E se experimentar gerenciar processos via inteligência artificial, com curadores e parceiros, que trabalharão a distância em grandes plataformas participativas, avaliados o tempo todo pelo consumidor, através de estrelinhas e sem vínculo empregatício.
O objetivo do mundo 3.0 é o de gerar escala e exponencialidade para fazer frente aos novos concorrentes, que já estão usando o novo modelo administrativo.
E necessário, assim, desenvolver, além de novas tecnologias, principalmente, métodos de capacitação que permitam entender e agir de forma administrativamente disruptiva.
Por causa disso, temos que mudar nossa forma de pensar negócio, organização, administração para praticar modelo administrativo completamente distinto.
Vivemos profunda crise de mentalidade em função da cada vez mais veloz passagem de um modelo para outro – totalmente diferente e incompatível.
Tal processo, é fato, tem forte impacto nas atuais mentalidades.
Nosso desafio, portanto, NÃO é apenas tecnológico, mas principalmente, psicológico.
É isso, que dizes?