“Não temos um problema de excesso de informação, mas de filtro” – Clay Shirky.
O Sapiens passa neste novo milênio da escassez para abundância da informação.
Isso gera evidente crise de filtros, tanto dos que consomem, dos que produzem e daqueles que gerenciam plataformas onde todos se encontram.
É fato: no passado obsoleto das mídias eletrônicas tínhamos fatos demais e mídia de menos.
O Digital é, assim, remédio ainda experimental para a intoxicada produção da mídia eletrônica centralizada do século passado.
Os filtros digitais, é fato, precisam de vários ajustes para melhorar a eficácia.
É uma moeda de dois lados: aprimorar a capacidade cognitiva-afetiva de quem usa e sofisticar o aparato tecnológico de quem é responsável pelas plataformas.
O poder da mídia traz responsabilidade para pessoas, que não foram preparadas para ambiente mais descentralizada.
Além disso, temos o problema dos profissionais de mídia, que passam dos antigos editores/produtores de conteúdo a curadores de grandes plataformas participativas.
É um salto quântico daquilo que faziam.
Precisam contar – e ainda não tem – com eficaz aparato tecno-midiático, baseado fortemente na Reputação Participativa e Inteligência Artificial.
É um cidadão mais maduro e um novo aparato midiático que permitirão que as comunidades possam mais rapidamente identificar as fakenews, através de filtragem cada vez mais participativa.
A filtragem digital eficaz é, assim, processo que está em andamento e tende a se acelerar em função da crise que se torna cada vez mais aguda.
É preciso tempo para maturação, debates, campanhas educativas para o cidadão. E nova formação para os profissionais da mídia digital.
Acelerar é preciso!
É isso, que dizes?
Gravei um áudio enquanto caminhava sobre o tema:
https://youtu.be/B888c0W1Gcw
Aqui, este texto de cima lido:
https://youtu.be/17yeFj2ASKQ