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Teorizar é estudar as forças da vida, que precisam ser interpretadas.

A lógica do ser humano é diferente da lógica da vida: há sempre aproximações provisórias e nunca certezas finais.

Teorias deveriam ser desenvolvidas de maneira independente para fugir das intoxicações do mercado.

Teorias são a ponte entre o que a vida quer nos dizer e a nossa capacidade de interpretar o recado.

Um teórico deveria ter liberdade de criar jogo lógico com a vida sem ter que atender demandas imediatas de clientes.

Teorias são uma espécie de mapa das forças, com as quais desenvolvemos metodologias e tecnologias.

Clientes querem resolver problemas, geralmente de curto prazo, e querem teorias que atendam mais a sua demanda.

O mercado de maneira geral quer que a vida tenha a lógica que mais se adequa à sua vontade e não o contrário.

E aí surgem as teorias marqueteiras.

Teorias marqueteiras são aquelas que visam atender às demandas daquilo que o mercado quer que seja a vida e não o que realmente ela é.

Partem da fantasia de que as organizações determinam a lógica da vida e não de que a vida tem lógica própria, independente das organizações.

O que se vê hoje é larga profusão de Teorias Marqueteiras com baixa capacidade de entender o que realmente ocorre na vida.

De fato, vivemos hoje explicitações inusitadas de novas forças, que exigem interpretação.

E eis o resumo da crise teórica em que vivemos:

Quando mais precisamos de pensadores independentes para entender o que a vida está realmente nos dizendo, mais aparecem marqueteiros teóricos com explicações ineficazes de prateleira.

Não é à toa que as organizações estão zonzas!

Em áudio:

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