Ideias humanas são sempre tentativas de se alinhar à lógica da vida com mais ou menos eficácia.
Não é a toa que “amor à sabedoria” continua a ser a melhor definição de filosofia.
Podemos entender, assim, sabedoria como tentativa sempre precária de se aproximar da lógica da vida.
Filosofia, assim, pode ser também definida como o amor à lógica da vida, aquela que estabelece relação entre vida e percepção humana.
Ideias que resistem ao tempo seriam aquelas que conseguem, apesar de todas as intoxicações conjunturais de cada época, se aproximar o máximo possível da lógica da vida.
É bom dizer que a vida pode até ter lógica absoluta, mas esta será sempre parcial para o ser humano.
Não temos capacidade de penetrar na lógica absoluta da vida, pois sempre haverá o acúmulo progressivo do conhecimento, novos gênios, fenômenos e tecnologias que vão alterar nossa lógica no tempo.
O jogo lógico, entre o sapiens e a vida, vai gradualmente desvendando e percebendo novos lados ocultos.
Quanto mais vamos a conhecendo, mais vai se sofisticando o jogo lógico e mais e mais novas facetas vão sendo apresentadas e digeridas.
Assim, quando refletimos sobre ideias que se perpetuam no tempo, nos referimos àquelas que se aproximam mais da lógica da vida, naquilo que é mais permanente.
São lógicas humanas que conseguem, apesar de todas as intoxicações do seu tempo, continuar enxergando a lógica da vida, não perdendo-a de vista.
É isso, que dizes?