Estamos completamente viciados em pensamentos incrementais.
A incrementalidade usa determinadas partes do cérebro mais ligadas aos sentidos. Melhoramos uma cadeira, pois vemos a cadeira. Sentamos na nova e constatamos como nosso corpo fica mais confortável.
E é isso que podemos dizer que é a característica principal de uma Cabeça Incremental: é preciso sentir, para perceber.
Nossa Cabeça Incremental, é fato, fez sucesso no último século e, por causa disso, se tornou modelo de pensar e agir hegemônico nas organizações.
Houve forte estímulo para a incrementalidade mental como fator de sucesso.
Para cenário incremental, não resta menor dúvida, que: Cabeça Incremental!
O que estamos vivendo atualmente, entretanto, é o fim de Era Civilizacional, que podemos chamar de Analógica e a passagem para outra, a Digital – que nos traz cenário disruptivo.
E, por causa disso, profunda crise das Cabeças Incrementais!
O que era sucesso no passado, nesta nova conjuntura, está se tornando fracasso.
Uma Cabeça Incremental, por exemplo, não conseguiria nunca a passagem da cooperativa de táxi para o Uber por mais que quisesse.
O criador do Uber usou a Cabeça Disruptiva: nova oferta inexistente para demanda invisível.
A criação do Uber teve que acessar determinadas áreas do cérebro que permitem pensamentos mais reflexivos e abstratos – inacessíveis para Cabeças Incrementais.
A incrementalidade é um tipo de pragmatismo puro e a disrupção, abstrato.
A alta taxa de Cabeças Incrementais, podemos dizer, é hoje principal problema competitivo das organizações tradicionais.
É preciso promover passagem, em curto espaço de tempo, do Cérebro Incremental para o Disruptivo, através de novas e inovadoras metodologias.
Não é tarefa fácil.
O primeiro passo, entretanto, é admitir que a Cabeça Incremental, tão badalada, passou de remédio a veneno.
É preciso trocar, urgente, a medicação!
É isso, que dizes?
Em áudio: