O Sapiens tem basicamente dois métodos para analisar um problema: a indução e a dedução.
- A indução parte do conteúdo (dados, fatos) para o mais geral – é método mais indicado para ambientes estáveis e processos conhecidos;
- A dedução parte da forma (filosofia, teoria, metodologia) para o mais específico – é método mais mais indicado para ambientes instáveis e processos desconhecidos.
Na filosofia, podemos dizer que tal embate separa idealistas (mais ligados à forma) dos empiristas (mais ligados ao conteúdo).
Na verdade não se pode encarar o estudo e análise de problemas na base da paixão por métodos.
Métodos são ferramentas a serem utilizadas, conforme cada contexto.
Ora temos que que ser mais pragmáticos e conteudistas e ora mais filosóficos e formalistas.
Há determinados problemas “mais cabeludos”, que exigem revisão em questões mais amplas na forma como vemos determinado cenário ou ambiente.
Podemos dizer assim, que:
- Quando lidamos com ESTABILIDADE temos melhores resultados quando somos mais conteudistas, mais indutivos, mais pragmáticos.
E vice-versa.
- quando lidamos com INSTABILIDADE e MAIS DESCONHECIMENTO teremos melhores resultados quando somos mais dedutivos, mais filosóficos, mais teóricos e metodológicos.
Não se pode tentar resolver um novo problema, com as velhas ferramentas.
Instabilidades nos processos denotam que os conteúdos (fatos) não estão se encaixando nas formas (teorias). É preciso revisar as teorias para reencaixar os fatos.
Quando isso não é feito, temos um problema de insistir com um martelo, quando se pede chave de fenda.
Hoje, com a chegada do Digital estamos insistindo nos métodos indutivos sem nos preocupar com os dedutivos. É preciso rever as formas para, só então reencaixar o conteúdo.
É isso, que dizes?