O grande problema que temos hoje é a alienação que todos temos dentro do mercado.
Fomos educados para sermos parte de engrenagem maior, apertadores de botão, e não nos vemos como peças autônomas, conduzindo nossas próprias vidas.
(Isso se dá também na vida pessoal, quando as pessoas acreditam que relações vêm nos completar e não que somos completos e vamos apenas compartilhar nossas completudes.)
Temos o hábito arraigado de que o mercado precisa ser reintermediado por alguém (grande organizações) e não por nós diretamente, mesmo que trabalhemos dentro de uma organização.
O conceito de intra-empreendedor. Somos educados para sermos empregados e não empreendedores.
Há certa infantilidade na maneira que pensamos o mercado, pois alguém será responsável por gerar valor diretamente com o cliente e nós seremos uma peça nesse jogo de tabuleiro.
Nós não vemos JOGANDO e mexendo as peças.
Encaramos o trabalho como obrigação e não envolvemos a nossa subjetividade nele.
De um lado estamos nós e de outro o trabalho, como se fossem duas palavras que não rimam!
De um lado está o trabalho e de outro a nossa subjetividade.
Somos seres divididos entre o que gostaríamos de fazer no mundo e o que de fato fazemos por falta de opção.
Vivemos entre os hiatos do fim de semana e somos meros robôs entre eles.
Vivemos, devido à concentração de mídia dos último século, um ponto extremo dessa alienação.
Porém, estamos começando a melhorar esse cenário.
A chegada da descentralização, aumentou a taxa de inovação e há hoje uma demanda por nova postura.
A taxa de descentralização cresceu em todas as áreas, desde novas empresas, como novo ambiente político, que nos permite iniciar longo processo de mudança.
Com descentralização de mídia, pós-digital, temos hoje duas demandas fundamentais para quem vai enfrentar o mercado:
- pensar cada vez mais de dentro para fora e menos sermos “emprenhados de ideias” de fora para dentro;
- atuar cada vez mais na direção do que achamos adequado à nossa personalidade e não mais aquilo que acham que nos é melhor.
Algo que precisa ser feito por cada um numa nova forma de estar no mercado, de forma mais autônoma, tanto do ponto de vista emocional como racional.
Por isso, gosto da expressão Startup-se!