Não é de hoje que estamos tentando entender o novo milênio.
E de quando em quando aparece um conceito que “cola”.
Organização exponencial, do livro “Organizações Exponenciais: Porque elas são 10 vezes melhores,mais rápidas e mais baratas que a sua (e o que fazer a respeito)”.
O livro vende, pois há ali uma verdade parcial, que faz sentido.
Organizações 3.0, de fato, conseguem ser mais exponenciais do que as 2.0, pois, pela ordem:
- Acabaram com o modelo do gestor para o curador;
- Não se responsabilizam por produtos e serviços;
- Extinguiram a necessidade da relação patrão-empregado.
Se utilizam da reputação digital e da inteligência artificial para exercer um novo modelo de administração, que estou chamando de curadoria.
Se compararmos as organizações 2.0 com as 3.0 uma das características, não é a única, é que ela permite um crescimento maior, mais exponencial.
Podemos dizer também que o modelo de franquias, comparado a organizações que tinha filiais, também teve um crescimento exponencial maior.
Não é por isso que vou chamar as franquias de organizações exponenciais.
Além disso, se analisarmos o Uber, pseudo-organizações exponencial há um limite de crescimento, pois logo apareceu concorrentes, que demonstraram os problemas e falhas.
Há também, além disso, a possibilidade de aceitação do mercado, seja do ponto de vista das pessoas aptas ou dispostas a consumir o novo modelo, bem como de fornecedores disponíveis.
Nem todo mundo confia nos aplicativos, ou tem Smartphone e nem todo mundo que está desempregado quer ser motorista do Uber e afins.
O que chama a atenção em mais um modismo, pela ordem:
- A vontade que temos de consumir qualquer coisa, mesmo sem lógica, que podemos chamar de “conceitos mais fumaça do que fogo”;
- E a vontade generalizada que aponte saídas mágicas para a crise que estamos passando, que podemos chamar de “conceitos Rivotril“.
Organizações exponenciais será mais um destes conceitos que vendeu muito e passou rápido, deixando um gostinho de quero mais.
O mercado precisa ser vacinado por lógica, mas, com o medo que se espalhou de forma generalizada, todo mundo está preferindo um bom placebo.