Primeiro, é importante perceber o contexto geral.
Tivemos salto demográfico que nos levou a aumento radical de complexidade.
Tudo que vivemos nos últimos dois séculos de alguma forma foi influenciado por esse aumento.
Porém, o aumento demográfico fica lá quieto no canto dele, querendo mudar o mundo mais não consegue, pois falta tecnologias que permitam.
A mudança só começa a provocar mudanças sociais quando temos um gatilho tecnológico.
O gatilho abre ciclo de mudanças, pois permite que demandas latentes passem a explícitas.
O gatilho tecnológico se relaciona a chegada de novas tecnologias de informação e comunicação, que permitem que mudanças passem a ocorrer na sociedade para equilibrar complexidade da oferta com sofisticação das demandas.
E a pergunta que não quer calar passa a ser:
Como o ser humano resolve problemas de aumento de complexidade?
É preciso descentralizar o poder, aumentando a autonomia de cada pessoa para que a complexidade seja dividida entre a sociedade. Não há outra forma, por mais que centralizadores digam o contrário.
Vamos viver assim neste século ciclo similar ao que tivemos depois da Idade Média.
- Descentralização de mídia;
- Descentralização de poder;
- Descentralização social, política e econômica.
Podemos dizer que essa macrotendência tem ocorrido depois da chegada da Internet em três ciclos, de forma muito mais rápida, radical e impactante:
- A reintermediação 1.0 – a chegada da Internet e o a reintermediação da informação;
- A reintermediação 2.0 – a chegada dos Ubers, que criam novos modelos de administração baseados em Inteligência Artificial e Reputação Digital, mas ainda com plataformas centralizadas, ao estilo antigo;
- A reintermediação 3.0 – a chegada do Bitcoin e do conceito/tecnologias Blockchain, que permitem a uberização sem plataformas centralizadas, num modelo mais distribuído.
O problema disso tudo é que se já estranhamos a reintermediação 2.0, pois é muito diferente da atual mentalidade de comando e controle.
A chegada da reintermediação 3.0 é verdadeira bomba atômica para a mentalidade que temos hoje.
É preciso muita capacitação para que possamos avançar nessa direção.
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Voa!