Negócios de família migram por gerações.
O problema, no momento, é que vivemos uma guinada administrativa.
O modelo de negócios do pai 2.0 não vai sobreviver para o filho 3.0.
O que fazer?
A tendência é a passagem da Gestão para a Curadoria.
E hoje este modelo tem sido por macro plataformas mundiais, o que inviabiliza negócios locais.
Porém, será que tem que ser assim?
Micro plataformas locais podem ser viáveis, desde que consigam criar um elo afetivo com a comunidade.
Um Uber Gaúcho, por exemplo, se viabilizaria se parte da receita fosse revertida para o clube local.
A pessoa usaria, com algum custo a mais, porém com uma vantagem para algo local.
O problema desse tipo de Uber local esbarra no problema da escala de macro plataformas globais, que permitem:
- Mais receita para reinvestir;
- Políticas mais agressivas;
- Experiência acumulada de uso.
A possibilidade de modelo local funcionar a contento seria a criação de rede descentralizada de negócios, com escala nacional ou até global.
Mas que, diferente do modelo atual da macro plataforma, que tem centro desenvolvedor é controlador, haveria liberdade para que cada ponta pudesse desenvolver seu projeto.
A tecnologia seria feita em modelo de software livre.
E isso só seria possível não mais não modelo da Curadoria Centralizada, mas num modelo de Curadoria descentralizada, que nos leva ao P2P.
A Curadoria descentralizada teria o investimento de vários agentes, que compartilham a tecnologia e agregam localmente o seu diferencial.
O valor passa a estar na capacidade local do que pode ser agregado.