Ilhas de Futuro se aplicam quando precisamos dar saltos triplos e não pulinhos.
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A experiência da China é muito rica.
O país, em função dos impasses entre complexidade demográfica e modelo administrativo, resolveu inventar ilhas de futuro.
Criou áreas de livre mercado, que passaram a ser a locomotiva chinesa, que vai, mais alguns anos ou décadas, tornar a China um dos principais países de livre mercado do mundo.
O modelo centralizador, por mais que resista, vai ruir.
O que fica para quem pensa em cenários, inovação e quer ajudar organizações de todos os tipos a gerar valor hoje e amanhã é o que podemos chamar de Inovação Disruptiva com Foco definido – que pode se resumir em Ilhas de Futuro.
Tal metodologia se aplica em casos em que você tem a necessidade de grandes saltos do ponto “a” para o ponto “b” e que não se pode esperar que o conjunto avance de forma incremental ou mesmo radical.
Isso se aplica em diversas situações como foi o caso do Kindle da Amazon ou a introdução de novas tecnologias bancárias em que o conceito de Ilhas do Futuro foi experimentado.
A China é um caso particular, pois criaram as Ilhas do Futuro justamente para não mudar o passado.
As áreas de livre mercado são apenas uma espécie de ponto de captação de recursos para manter o dinossauro no mesmo lugar, mas o conceito em termos de metodologia é espetacular.
Hoje, vivemos uma situação em que a Inovação das grandes organizações já caminha para esse modelo disruptivo, na criação de Ilhas de Futuro, mas sem foco.
Organizações criam Laboratórios de Inovação, mas com foco em melhorar o dinossauro e não criar novos seres mais adaptados à nova realidade.
A atual Revolução Civilizacional, um misto de mudança na comunicação e na administração, aponta como única saída a criação de Ilhas de Futuro.
A velocidade das mudanças com a atual Revolução Civilizacional não permite que haja, como ocorreu no passado em situações similares, o método de inovação tradicional, na dobradinha incremental-radical.
O modelo Uber de resolver problemas é uma nova forma de administração, de gerar valor, que é completamente diferente do atual modelo.
Ao se plantar a semente da gestão, não se colhe curadoria!
Vivemos hoje dois modelos de administração em paralelo, que demandam em toda a sociedade a ideia da criação de Ilhas do Futuro.
Tudo caminha no ritmo normal nas atuais organizações, mas nas Ilhas do Futuro iniciamos o processo de mudança com foco, na direção dos novos modelos uberizados.
Nele, temos:
- curador e não gestor;
- fiscalização pelo consumidor e não gerente;
- coordenação com uso intenso de inteligência artificial e não por pessoas de carne e osso;
- descentralização de informação;
- e distribuição de decisões.
Assim, podemos sair do impasse do tempo da mudança e promover o necessário ajuste de um mundo mais complexo, que agora com novas ferramentas para dar upgrade civilizacional.
O conceito de Ilhas de Futuro, aliás, deve estar na pauta de todos os políticos sérios que querem realmente mudar o Brasil.
É isso, que dizes?