Logo depois do início de uma Revolução Civilizacional temos um momento delicado: as mídias descentralizam, mas as decisões estão concentradas.
Descortina-se com a transparência informacional as práticas da antiga civilização, das organizações que foram se concentrando e se tornando mais e mais corporativas.
Nesta primeira etapa de uma Revolução Civilizacional, o cachorro acorda e começa a perceber que está sendo balançado pelo rabo.
Vem à tona um conjunto de hábitos e práticas que estavam ocultos pela concentração das trocas.
Todo o ambiente foi criado para um contexto tecnológico, que agora permite novas possibilidades, mas todos fomos formados para conviver com as antigas paredes invisíveis.
Somos peixes nadando num aquário que se expandiu, mas que não temos capacidade afetivo-cognitiva de nadar no novo perímetro.
Nesta primeira etapa de uma Revolução Civilizacional, rejeitamos o velho, mas não conseguimos construir o novo.
A descentralização das trocas serve para que possamos rejeitar o velho, mas o novo não nasce da rejeição, mas da criação de projetos filosóficos, teóricos e metodológicos que levam tempo para serem maturados e se tornarem hábitos.
Tempo que em outras épocas era muito mais longo, mas não agora.
Vivemos e viveremos um conflito civilizacional violento, pois temos o muito velho e o velho defendendo o atual modelo. E o pouco novo e o muito novo, procurando criar novo modelo.
É tempo, sem dúvida, de turbulência.
É isso, que dizes?
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