O principal problema que vivemos hoje é que nossos gurus de plantão deixaram de ser gurus.
Muito se fala da crise das organizações tradicionais, mas pouco da crise das empresas dos Gurus 2.o, que estão acentuando a crise e não minimizando.
Guru é mais ou menos aquele cara que consegue enxergar mais longe.
Nossos gurus de plantão não conseguem compreender a atual Revolução Digital. E como é ela a principal responsável pelas mudanças, o futuro fica nublado.
As organizações baseiam sua estratégia na previsão dos gurus. Como os gurus também estão em crise, ficaram sem o farol que as ajudava a andar na neblina.
As empresas responsáveis pela bola de cristal do futuro, que contratam os gurus, estão também em crise.
Por quê?
Eis aqui alguns palpites:
- imediatistas;
- não conseguem rever macro-paradigmas;
- usam as mesmas ferramentas incrementais do século passado para traçar estratégias num século disruptivo;
- orgulhosas;
- acreditam que os antigos clientes ainda têm razão, não os enfrentam;
- focam muito a análise em tecnologias e não na Tecnocultura;
- se agarram ao valor gerado no passado como os próprios clientes.
Vivemos algo como o pajé da aldeia que perdeu a capacidade de diagnosticar e tratar uma nova doença.
O pajé era a esperança da tribo sobreviver, mas este não tem mais ferramentas para curar a gripe trazida pelos “estrangeiros”.
O problema hoje é que gurus-organizações não conseguem romper o seu casamento, enquanto o apartamento pega fogo a olhos vistos.
É isso, que dizes!