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O principal problema que vivemos hoje é que nossos gurus de plantão deixaram de ser gurus.

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Muito se fala da crise das organizações tradicionais, mas pouco da crise das empresas dos Gurus 2.o, que estão acentuando a crise e não minimizando.

Guru é mais ou menos aquele cara que consegue enxergar mais longe.

Nossos gurus de plantão não conseguem compreender a atual Revolução Digital. E como é ela a principal responsável pelas mudanças, o futuro fica nublado.

As organizações baseiam sua estratégia na previsão dos gurus. Como os gurus também estão em crise, ficaram sem o farol que as ajudava a andar na neblina.

As empresas responsáveis pela bola de cristal do futuro, que contratam os gurus, estão também em crise.

Por quê?

Eis aqui alguns palpites:

  1.  imediatistas;
  2. não conseguem rever macro-paradigmas;
  3. usam as mesmas ferramentas incrementais do século passado para traçar estratégias num século disruptivo;
  4. orgulhosas;
  5. acreditam que os antigos clientes ainda têm razão, não os enfrentam;
  6. focam muito a análise em tecnologias e não na Tecnocultura;
  7. se agarram ao valor gerado no passado como os próprios clientes.

Vivemos algo como o pajé da aldeia que perdeu a capacidade de diagnosticar e tratar uma nova doença.

O pajé era a esperança da tribo sobreviver, mas este não tem mais ferramentas para curar a gripe trazida pelos “estrangeiros”.

O problema hoje é que gurus-organizações não conseguem romper o seu casamento, enquanto o apartamento pega fogo a olhos vistos.

É isso, que dizes!

 

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