Veja o vídeo em que debato o tema:
Minhas pesquisas apontam para o seguinte.
Quanto mais gente houver no planeta, mais haverá demanda pelo liberalismo.
E liberalismo aqui se entende por movimentos cíclicos da humanidade em direção a sociedades mais descentralizadas.
No mundo ocidental, tivemos na Grécia, o Liberalismo 1.0, motivado pelo alfabeto grego. O 2.0, pela Prensa, a partir de 1450. E agora o 3.0, sob as asas do Digital.
Nossa espécie é a única, entre as que se organizam socialmente, que ousa não ter limites demográficos.
A única forma de lidar no longo prazo com a complexidade, sem que haja repressão individual é a descentralização das decisões.
Isso não é mais visível na Macro-História, principalmente por quem estuda, como eu, rupturas de Tecnologias de Trocas, desde o passado.
O novo surto liberal, que prefiro chamar de Descentralismo 3.0, será fortemente baseado em ações tecnológicas de descentralização, como já temos visto nos casos do Uber, Waze e Bitcoin.
As manifestações no mundo e principalmente no Brasil e o surgimento de cada vez mais organizações vindos de fora do sistema para dentro são sintomas do movimento de mudança liberal latente.
Já comparei revoluções cognitivas com ondas, mas a metáfora mais adequadas são a de cupins no armário, que corroem o sistema – silenciosamente – por dentro. E quando vai se abrir o armário, não há mais armário.
Os pensadores liberais do século XXI precisam incorporar as novas possibilidades tecnológicas, que permitem superar os limites impostos pelo ambiente Tecnocultural do século passado.
Hoje, temos dicotomia herdada do século passado entre mercantilistas (que defendem a centralização do atual modelo) e os monoteístas (que são contra e querem outro modelo de centralização ainda mais fechado, onde se incluem os bolivarianos e os fundamentalistas religiosos, principalmente os muçulmanos).
É preciso apontar, como a grande novidade do novo século o Liberalismo 3.0, a chegada de um Liberalismo renovado, uma renascença cultural, em que é preciso resgatar e reavivar os conceitos dos clássicos (onde se inclui os Austríacos) e mixá-los com as novas possibilidades tecnológicas.
É preciso revisões filosóficas, teóricas e metodológicas, nas quais iremos propor inovação para melhor em todos os grandes problemas hoje emparedados.
Estamos no início do início, mas é preciso pegar a estrada mais eficaz e acelerar.
Pós-escrito do livro:
É isso, que dizes?