O Corporativismo Tóxico da Ciência 2.0
A partir dos estudos da Antropologia Cognitiva percebemos que existem ciclos Cognitivo-Administrativos (Gestual – Oral e Escrito e Digital).
Há nestes momentos de término de uma determinada Era e início de outras alguns sintomas que se repetem, tais como o Corporativismo Tóxico.
Organizações passam a controlar ideias e inovações na sociedade e a determinar seus interesses de forma mais intensa.
Muitas vezes a Academia critica outras organizações, mas ela também faz parte do Status Quo Vigente que se beneficia da centralização das ideias e da inovação.
O Corporativismo Tóxico se caracteriza pela defesa cada vez maior dos interesses do corpo organizacional, selecionando problemas internos como prioridade e relegando como secundários os problemas externos.
Concentração de mídia leva a todas as organizações a viver, cada uma a sua maneira, o seu Corporativismo Tóxico.
Popularmente, podemos dizer que é pensar cada vez mais no próprio “umbigo” e reduzir o espaço de interferência das demandas externas, esquecendo, ou deixando de lado, os propósitos da própria corporação,
O Corporativismo Tóxico se caracteriza por organizações quem deixam de servir a sociedade e passam a se servir dela.
Podemos dizer que tal Corporativismo Tóxico tem variações de pessoa para pessoa, instituição para instituição, mas vive algo maior, macro, em todas as organizações pelas limitações Cognitivo-Administrativas.
O aumento demográfico ocorrido nos últimos 200 anos exige uma Ciência muito mais dinâmica e voltada para problemas externos do que é hoje. Muito mais “porosa” para os anseios que vem de fora, da sociedade.
Porém, o método científico 2.0 adotado, baseado nos limites de pensamento e prática cognitivo-administrativos oral e escrito impedem que a crise seja superada.
A crise da Ciência é basicamente, como de resto em toda a sociedade, uma Crise Administrativa. O modelo de tomada de decisões de processos, pessoas, foco, objetivos ficou obsoleto.
Antes de ser Ciência, a academia é uma organização como qualquer outra regida por um Modelo Administrativo, que se tornou obsoleto no tempo.
A saber:
- pelo uso e aprendizado para reforçar os interesses internos em detrimento dos externos;
- pelo aumento demográfico que aumento tremendamente as demandas externas, que estão cada vez menos atendidas.
Tal crise latente se torna explícita com a chegada da descentralização e a transparência, uma das fases da atual Revolução Cognitiva-Administrativa Digital.
Podemos analisar alguns sintomas na prática, mas a principal é o excesso de preocupação com a forma e não com o conteúdo (problemas).
A forma passa a ser mais importante do que os problemas externos, que clamam por soluções mais sofisticadas, papel fundamental da Ciência.
A saída é a adoção da Ciência 3.0, que consegue manter a qualidade na quantidade, através da participação maior da sociedade no fazer científico, com o uso intensivo de Robôs Administrativos, tema principal deste livro.
No caso, Robôs Científicos Administrativos, que vão ajudar a aumentar a participação de fora para dentro no fazer científico.