A inovação incremental é coletiva e a disruptiva é individual
Antes que me joguem pedra, vou esclarecer.
Toda a inovação tem duas fases.
A concepção e a execução.
O que estou dizendo acima é que a concepção da Inovação Incremental é mais coletiva, pois se baseia na observação e nos sentidos. E precisa de um cérebro mais comum.
A Disruptiva é individual, pois se baseia em conceitos e análise e precisa de um cérebro diferente e mais raro.
Todos os grandes pensadores que quebraram paradigmas foram grandes pensadores que quebraram paradigmas, pois tinham um tipo de cérebro diferenciado.
São cérebros distintos, que conseguem por algum motivo olhar para algo que outros não conseguem e formular teorias, ideias e conceitos que os demais não conseguiram até então.
Muitos dirão que “estavam nos ombros de gigantes”.
Sim, ninguém é ingênuo de desprezar o lado coletivo da Inovação, como algo cumulativo: os acertos e fracassos anteriores são degraus na escalada inovadora.
Porém, as mudanças sociais ocorrem por alguns fatores:
- – fenômenos novos, que precisam de explicações novas;
- – tecnologias novas;
- – gênios novos, que produzem filosofias, teorias ou metodologias, tecnologias novas, que nunca antes se havia imaginado.
Não espere que a Inovação Disruptiva vá surgir na conversa de muita gente, pois ela precisa de um tipo de cérebro específico, que poucas pessoas têm.
São cérebros raros.
Estas pessoas conseguem por motivos emocionais e cognitivos superar determinadas intoxicações de paradigmas e ver o invisível, o que a maioria dos cérebros não consegue ver.
Tais cérebros recebem o mesmo acúmulo de dados dos demais e os analisa de nova maneira e entrega resultados inesperados.
Uma das incógnitas sobre o futuro da sociedade humana é sempre deixar determinada margem para contar que estes “malucos geniais” apareçam e consigam ver e inventar o que outros não conseguiram, mesmo com os mesmos dados.
O que hoje é assim é assim, pois os cérebros geniais que tivemos até aqui nos trouxeram até aqui, juntando o trabalho de vários outros com outras características.
No futuro tais cérebros serão cada vez mais fundamentais para gerar valor nas organizações, numa sociedade cada vez mais disruptiva e menos incremental.