Cosmovisão é um macro-conjunto de ideias que formam uma corrente de pensamento em um dado momento histórico da sociedade humana.
Há cosmovisões políticas, o que inclui econômicas, e religiosas.
Toda cosmovisão é originada a partir de um dado autor e/ou uma corrente de autores, através de uma mídia que dissemina suas ideias.
Há dois momentos das cosmovisões:
- – sua origem e criação – que é feita quase sempre quando temos Revoluções Cognitivas;
- – consolidação e manutenção – após a disseminação das ideias originais, através de um trabalho continuado de propaganda e repetição.
Podemos citar como exemplos de cosmovisões:
- Religiosas – judaica, islâmica, católica e suas variantes;
- Políticas e econômicas – marxismo, mercantilismo e liberalismo.
É interessante notar que as Religiões abraâmicas, que defenderam o monoteísmo e deram origem, pela ordem, à Torá, Bíblia e Alcorão foram todas baseadas no surgimento da escrita há cerca de 6 mil anos.
Antes delas, haviam tribos isoladas, com um ambiente cognitivo oral. Foi o papel manuscrito que consolidou o conceito do Deus único e disseminou estas cosmovisões dali por diante.
Assim, cosmovisões precisam como elementos principais para serem criadas.
- – novos conceitos – defendidos por novos autores, que não tinham espaço na Era Cognitiva anterior, dominada pela cosmovisão passada;
- – nova mídia – que permite que estes novos autores tenham a possibilidade de disseminar a sua nova cosmovisão.
Hoje, com a chegada da Internet vivemos o fim de dois ciclos:
- – o mais recente – que é o da chegada do papel impresso, que tanto fez pela sociedade moderna;
- – o mais antigo – que é o ciclo da própria escrita, que marcou durante 6 milênios a nossa sociedade.
Assim, estamos diante de um novo ciclo humano em que nossas atuais cosmovisões, tanto religiosas como políticos-econômicas estão em processo inicial de revisão.
Devemos prever a chegada de novos pensadores, que passarão a limpo as atuais cosmovisões e irão criar novas.
Estamos no início da revisão profunda de cosmovisões muito arraigadas na espécie.
É isso, que dizes?