Vou começar a escrever por aí esta frase no muro.
Percebo que todo o conceito que temos de planejamento estratégico foi estruturado para um mundo que não vivia grandes rupturas.
Quando é este o caso uma Estratégia Indutiva, que parte dos fatos para o geral, tende a funcionar.
O problema é que grandes rupturas denotam que há uma forma de pensar no mundo equivocada.
A vida é a vida e se há grandes mudanças não é que a vida mudou, mas é que tínhamos alguns conceitos sobre ela que precisam ser revistos. A vida não está nem aí para os nossos conceitos. As pessoas tendem a achar que está havendo algo completamente inusitado, que vai passar, que não faz sentido e não param para pensar que é a nossa percepção de mundo que precisa ser ajustada.
Assim, grandes alterações na vida denotam que precisamos grandes alterações na nossa forma de pensar, um método dedutivo, de tentar rever paradigmas, para depois tentar analisar o futuro. A grande crise das organizações tradicionais é justamente tentar entender tudo que está acontecendo pós-Internet com o mesmo olhar e paradigmas que tínhamos antes.
Como isso não se encaixa, ou se tenta emperrar as mudanças ou fingir que elas não existem, em um processo suicida de negação.
A melhor forma de sair da sinuca de bico é justamente adotar a Estratégia Dedutiva que procura rever os paradigmas para, só então, poder começar a refazer os passos do que precisa ser feito.
Isso tem um custo e um esforço para sair da mesmice.
Nossos estrategistas, incluindo os super bem remunerados das empresas de consultoria e de visão de futuro, têm dificuldade de apostar nessa nova perspectiva.
Uma Estratégia Dedutiva aplicada à Revolução Cognitiva implica em revisar:
- – Filosofia – somos uma tecno-espécie que entra em mutação com novas tecnologias?
- – Teoria – será uma Revolução Cognitiva o maior divisor de águas da espécie humana?
- – Metodologia – como migrar de uma cultura cognitiva “a”, que cria um modelo de solução de problemas para uma “b”, com o avião voando?
- – Tecnologias – quais as tecnologias que podem realmente nos ajudar nisso? E como fazer que Plataformas de Participação de Massa sejam eficientes?
Podem lutar o que quiserem contra a vida, mas ela é mais forte que todos nós. É preciso ajustar nossas teorias a ela e não o contrário!
É isso, que dizes?