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O final de uma Era Cognitiva é sempre marcada por uma separação entre o pensar e o fazer.

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Os pensadores estão distantes dos fazedores.

Cria-se filosofias e teorias no vazio, pois não se constroem metodologias (e destas metodologias) para saber se faz algum sentido.

O mundo acadêmico vive da publicação de artigos por artigos, essa é a métrica, o que demonstra claramente a decadência da nossa maneira de pensar a ciência. A ciência quando foi inventada tinha como missão lidar com os problemas complexos que a sociedade não conseguia resolver e não produzir conhecimento no vazio.

Hoje, a ciência, ela mesma, é um problema complexo que a sociedade tem que resolver, pois deixou de ser uma solução.

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É essa crise de separação entre a filosofia-teoria das metodologias que nos leva para outro sintoma da crise: o relativismo.

Que é a ideia de que cada um tem a sua própria verdade.

Cada um sim te a sua percepção da verdade, mas que umas são mais ou menos eficazes e, para isso, precisamos de metodologias e, principalmente, métricas para começar a testar cada uma das propostas.

A separação entre o fazer e o pensar é típico de uma sociedade dominada por um centro poderoso, empoderado pelas mídias de massa, que consegue fazer com que o rabo balance o cachorro.

Quem pensa não tem nenhum compromisso com quem faz.

E quem faz não pensa muito.

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Ou seja, o que é feito não é feito, baseado em aprofundamentos teóricos e filosóficos, pois é tudo baseado no que podemos chamar de “marketing acadêmico”.

As ideias valem por quem as estão dizendo, pelo poder da autoridade, empoderada pelos títulos e não pela força dos argumentos e pela capacidade de demonstrar, na prática, as suas hipóteses.

Perdemos o poder de argumentação quando se separa a teoria da prática.

Pois o certo é certo por quem diz e não pelo que se comprova.

O remédio para a crise é a implantação de uma nova cultura cognitiva, na qual o cachorro passa a recuperar a posse do seu rabo, através da implantação de Plataformas Digitais Colaborativas, baseadas no reputacionismo digital, no qual há uma aproximação do pensar e do fazer.

E um novo ambiente de meritocracia que permite que a sociedade participe mais desses critérios.

É isso, que dizes?

 

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