Todo mundo passa.
E todo mundo tem a fantasia de deixar uma pegada para talvez ficar mais tempo.
É uma ilusão, um passatempo.
Eu sou da linha que se tudo é um passatempo aqui na terra, você tem que definir qual é o seu de forma consciente.
E dentro da vida possível, tentar criar um projeto de vida sustentável, que permita que você consiga aliar pegada com sustento, o que não é fácil.
Considero que isso é um fio condutor que fica acima do cotidiano, como se fosse um teleférico, que de quando em quando olhamos para ele para nos guiar.
É algo que parte sempre do auto-conhecimento, que é algo entre o que somos, podemos ser e as oportunidades que aparecem e pegamos e aquelas que construímos e aquelas que negamos.
Tudo isso define o nosso caminho.
O problema que temos é que somos inconscientes do nosso projeto.
Adoramos viver como o Zeca Pagodinho: deixa a vida nos levar.
Diria que uma vida significativa é uma vida que procura, sabendo que vivemos um passatempo, diante das 100 bilhões de galáxia, nossa poeirenta vida de poeira, da poeira, da poeira, da poeira, que nos permita acordar na segunda animados.
O resto tudo é besteira.
Sem animação, caímos na depressão, nos remédios, etc.
Assim, se não vamos pular da ponte, temos que nos animar para tocar a vida e isso pede algum projeto que tenha pegada sustentável ou uma sustentável pegada.
E isso tem um preço, pois nem tudo vai ser pegada e nem tudo será sustentável.
E aí vai a arte da coisa.
E, por fim, há um custo, pois você traça uma meta para chegar na segunda feira mais animado e no final da vida com uma sensação de vazio menor.
Por aí, que dizes?