Pessoas têm visões diferentes sobre o mundo.
Diria que pessoas têm cosmovisões diferentes do mundo.
Não existe uma cosmovisão fechada.
Pessoas usam algumas cosmovisões intercaladas, entre elas, a marxista, a liberal, na área política e econômica. A católica, protestante, espírita.
Pessoas têm interesses de sobrevivência distintos.
Um empreendedor tem, por tendência, uma visão de mundo diferente de um funcionário público, por exemplo.
E tem temperamentos distintos.
Tudo isso cria percepções e mais percepções sobre o mundo, que vão se multiplicando a mil. O que nos leva a um conceito de eficácia, que também é complexo, mas é melhor do que o do certo e do errado.
O certo e do errado termina em uma conversa.
O eficaz precisa de uma comprovação qualquer.
E aí chamamos a ciência, dados, métricas para poder avaliar.
Obviamente, que dependendo de cada cosmovisão e perfil as pessoas vão definir métricas diferentes para medir a eficácia.
Porém, a coisa aí, ainda bem, vai ficando mais sofisticada, pois a filosofia e a teoria, nos jogam para uma metodologia e os dados precisam criar uma coerência.
Se um médico diz que é melhor operar um paciente de uma dada maneira ao invés de outra, temos que ver, por exemplo:
- – custo da operação;
- – tempo de recuperação;
- – efeitos pós-operatórios no curto, médio e longo prazo.
Assim, podemos dizer que o tipo de operação “a” tem se mostrado mais eficaz do que a operação “b” por causa destas métricas.
Quem não concorda, pode:
- – questionar a métrica;
- – ou aceita a métrica, mas duvidar dos resultados da pesquisa.
Se alguém for questionar a eficácia terá que apontar novas métricas e o debate será muito mais sofisticado do que apenas você está certo ou errado.
O que acontece num mundo como o nosso, que estamos saindo de forte concentração de ideias, que perdemos a capacidade de comunicação horizontal.
Há verdades impostas de cima para baixo, vindas de todos as organizações, principalmente da escola, que têm a resposta certa para as questões das provas.
Você acerta ou erra, leva zero ou dez.
Assim, criamos a cultura do certo e do errado e não da eficácia.
Como o que importava não era bem a força dos argumentos e do que se podia provar, mas o que o centro definia como o que era certo e errado, nos habituamos com esse modelo.
Um mundo inovador, aberto, descentralizado precisa criar a cultura do mérito, da eficácia e do poder de argumentação, que mais e mais, vai se dedicar a comprovar a eficácia das ideias e dos processos.
Hoje, vivemos em uma conjuntura, graças ao momento cognitivo, um mundo de ideias sem metodologia, que vou escrever em outro post.
É isso, que dizes?