Discuti aqui de que a sociedade humana precisa valorar atores e processos para que possa tomar decisões.
E existem duas formas de se fazer isso.
- De dentro das organizações para fora, com baixa participação da sociedade, o que nos leva a um aumento do custo e uma redução dos benefícios, por uma falta de precisão.
- De fora das organizações para dentro, com maior participação da sociedade, o que nos leva a uma redução de custo e um aumento dos benefícios, por uma maior precisão.
Há uma relação entre a mídia e a economia aqui.
Quando temos ambientes cognitivos centralizados, temos menos capacidade de participação da sociedade, o que dificulta que a valoração seja feita pela sociedade.
Assim, a tendência é cada vez mais termos um aumento de custos, pela centralização, e redução de benefícios.
Que é o nó da crise que vivemos hoje.
A chegada de uma Revolução Cognitiva alarga as fronteiras ecológicas da nossa capacidade de comunicação.
A sociedade se empodera e passa a trazer mais dados para o ambiente social, permitindo que haja uma valoração mais aprimorada de atores e processos.
Isso acontece em todas as mudanças de descentralização de mídia.
Porém, além da maior taxa de participação da sociedade, reduzindo o poder das organizações, temos mecanismos que serão (e estão sendo criados) para que se estabeleça uma nova Cultura de valoração de ações e processos.
Esta cultura não só se baseia em mais gente podendo participar, mas, no caso atual, com a introdução de novas tecnologias de valoração, que é o caso do Reputacionismo Digital.
O Reputacionismo Digital é o resultado do arquivamento em bases de dados de todas as transações que são feitas pela sociedade, os atos de troca de todos os tipos, que permitem agora as organizações saberem o que está acontecendo de forma mais aprimorada.
Esta base de dados, que o pessoal tem chamado de Big Data permite que as decisões sejam tomadas com mais precisão, reduzindo custos e aumentando benefícios.
Passou a ser uma arma competitiva.
Porém, a extração de dados é apenas uma parte do processo, que já estava presente antes da chegada da Colaboração de Massa.
Além, do que podemos chamar dessa colaboração de massa involuntária, coletada na base dos cliques, temos ainda a colaboração de massa voluntária, a baixo custo, através de estrelas, comentários, curtiu, gostei ou não gostei.
Tudo isso é feito com auxílio de sistemas fortemente baseado em algorítimos.
Isso cria uma nova camada mais humana, que permite que se aprimore ainda mais o ponto de vista das demandas da sociedade de fora para dentro das organizações.
Todos os projetos inovadores de sucesso: AirBnb, Mercado Livre, Estante Virtual, TaxiBeat, entre tantos outros, estão justamente fazendo a diferença, pois estão usando o reputacionismo digital para a tomada de decisões.
Este modelo de valoração permite que haja uma cultura completamente nova de tomada de decisões, mais precisa, com resultados melhores e com custos menores.
Todo o movimento social, político e econômico que assistiremos daqui por diante se dará em torno da implantação dessa nova cultura, que é mais sofisticada que a atual e é a base da sociedade humana do século XXI.
É uma cultura que consegue lidar melhor com a complexidade, descentralizando o poder das organizações, sem, entretanto, reduzir a dinâmica, ao contrário, aumentando e reduzindo custos.
É isso, que dizes?