Uma análise leiga fala em termos absolutos.
Um cientista, ou quem procura um método científico, precisa colocar graus em todos os fenômenos que analisa.
- Não existe, assim, recessão, mas níveis de recessão.
- Não existe democracia, mas níveis de democracia.
- Etc.
É preciso, portanto, definir critérios, pontos que serão analisados e comparados com pontos no passado e fazer uma avaliação se estão em retração (notas menores) ou expansão (notas maiores).
De maneira geral, quando converso com meus alunos, percebo que há uma tendência a uma análise leiga dos fenômenos, que acaba sendo menos criteriosa e mais emocional.
Os graus nos apresentam argumentos, pois define os pontos relevantes que serão analisados e a defesa se estão em expansão ou contração, o que permite que sejam comparados e avaliados. reduzindo, assim, a subjetividade da análise.
No fundo, tornar uma análise mais científica é reduzir o grau de subjetividade.
Isso não significa que toda a análise em graus é mais objetiva, porém, quando se apresenta dados objetivos, permite-se que as críticas possam ser feitas, tornando passíveis de avaliação.
Ou seja, que discorda pode criticar o que está sendo apresentado. É o que Popper definia como uma ciência eficaz, não por apresentar verdades, mas por estar aberta a críticas para que possa ser aperfeiçoada.
Quando os dados são absolutos, que acabam, no “eu acho”, “eu sinto” dificultam o diálogo, que é, a meu ver, o papel da ciência: facilitar o diálogo sobre fenômenos para que possamos, mais e mais, na interação, aprender com eles.
É isso, que dizes?
muito bonito