Existem duas forças que marcarão o século XXI.
- O crescimento populacional nos últimos 200 anos que cobra o seu preço e pressiona mudanças cada vez mais radicais na sociedade.
- E a chegada de uma nova mídia descentralizadora, que inicia o processo de mudança.
Quando converso com muita gente que aponta diversas injustiças e “defeitos” da atual sociedade temos que levar em conta que o mundo moderno foi inventado há 200 anos para abrigar 1 bilhão de pessoas, com uma dada mídia e uma baixa conexão entre as diferentes regiões do planeta.
Os estudos da Antropologia Cognitiva nos mostram que a sociedade humana tem novos ciclos toda vez que surge uma nova mídia descentralizadora, que permite que mais gente possa participar da vida em sociedade e novos pensadores exercer uma visão alternativa.
Vivemos o início de uma nova era, que criará uma nova cosmovisão, que incorporará:
- – a nova complexidade demográfica;
- – as novas possibilidades da nova mídia;
- – que criarão as novas bases sociais, políticas e econômicas.
Vivemos nessa primeira fase um processo de descentralização da sociedade, voltando a valores clássicos, que nortearão as bases da pós-República.
É como se fôssemos, de novo, separar o joio do trigo.
Nestes momentos, precisamos para empoderar as pontas regular menos e trabalhar mais com princípios.
Ou seja, há uma regra que podemos afirmar das sociedades humanas que é:
Quanto mais gente tivermos no planeta, mais precisaremos descentralizar as redes humanas.
Os céticos perguntarão: e por que saltamos para 7 bi e não fizemos isso ainda?
Pois a descentralização precisa de uma mídia descentralizadoras que a viabilize.
Quanto não temos isso, o aumento populacional, traz centralização, pois é preciso concentrar para administrar a crise.
O que nos leva a mídias concentradoras.
Começamos um novo ciclo, que podemos chamar de liberalismo 3.0, que é o resgate das ideias descentralizadoras dos gregos (1.0) e dos liberais clássicos (2.0), que conceberam a república.
Nestes momentos, há um regate em defesa do cidadão.
Esquecendo o trabalhador e o empresário, cada um com seu interesse particular, nem sempre voltado para o todo.
Muito a dizer, mas temos o ano todo para falar sobre isso, certo?