É um equívoco o movimento liberal se aliar às organizações, pois o interesse delas e os compromissos com o livre mercado podem mudar com o tempo. O cidadão/consumidor, ao contrário, sempre terá interesse em ser melhor atendido, com os melhores preços.
A base de um movimento liberal, portanto, deve focar no cidadão/consumidor.
Uma organização tem os seus interesses próprios e hoje, pode começar pequena e completamente a favor da livre iniciativa, e amanhã maior e já querendo manter e dominar mercado, ser a primeira a querer controle, proteção.
O maior interessado em redes descentralizadas, livre iniciativa e menor custo é o vidadão/consumidor, que estará tomando decisões e denunciando quando a livre iniciativa está se fechando e ele está sendo prejudicado.
Quanto mais esse consumidor adotar posturas liberais, incluindo a redução do imposto para poder controlar cada vez mais e ter mais poder de decisão, mas o mercado tende a se descentralizar, substituindo a regulação do estado, pela da sociedade pulverizada.
A luta liberal é, portanto, a luta do consumidor/cidadão por melhores produtos e serviços, sejam públicos ou privados.
É preciso mostrar em cada caso, quando o consumidor/cidadão está sendo prejudicado sem a livre iniciativa. A luta liberal é a luta por uma sociedade em que o cidadão/consumidor passa a controlar a sociedade. Quanto mais controle do cidadão/consumidor, mas liberal é possível ser.
Vejo muita gente defendendo a livre iniciativa, mas acaba optando pelo lado do lobo e não das galinhas, pois o livre mercado é maravilhoso para o empreendedor quem começa, mas nem tando para quem já domina uma parte dele.
Assim, quem poderá apontar se a livre iniciativa está sendo atacada é justamente quem tem sempre o interesse, sem mutação, por um mercado mais aberto e competitivo.
Esta é, a meu ver, a base de quem defende o Liberalismo 3.0, pois cada vez mais o consumidor tem mais poderes de informação e fiscalização.
Incentivar que tenha cada vez mais, faz parte dessa briga, incluindo o incentivo que mais e mais competidores possam entrar, eliminando barreiras.
Em resumo, se o consumidor/cidadão não fiscaliza e os anti-liberais podem surgir de qualquer lugar, inclusive de quem já foi liberal, o negócio é contar com a pressão pulverizada da sociedade.
É isso, que dizes?
O Capitalismo acabou… A humanidade, para evoluir precisa de una nova abordagem de produção.
Grande nepo, lembro de ler o seu blog quando explodiu a web 2.0. Sempre textos geniais, com frases de efeito e imagens impactantes – você antecipou o minimalismo sintético da web. Depois de tanto tempo, volto por estas bandas e me deparo com artigos em defesa da liberdade. Que nobre deleite! Você continua inteligente e ponderado, se me permite a lisonja.
Fica um grande abraço de um velho amigo!