Naisbitt disse uma vez que o futuro não é temporal, mas regional.
Ou seja, há no mundo hoje diferentes estágios para lidar com a complexidade galopante.
Nada mais simbólico para o século XXI do que a queda das Torres Gêmeas, que marca claramente a luta do passado com o futuro. O fundamentalismo deveria ser uma preocupação vital dos futuristas, mas não é.
O mundo vive em condomínios, como se não fosse uma bola.
Bolsões de miséria serão geradores de fundamentalismos (religiosos, ideológicos e raciais).Deveríamos fazer um esforço para levar futuro para o passado.
Para tirar o passado do passado e ajudá-lo a enxergar e defender o futuro e não ir contra ele.
O fundamentalismo nada mais é do que a tentativa de mantermos o passado no presente, o que acaba sendo algo incapaz para lidar com as crises contemporâneas. É uma forma de um conjunto da população se sentir, aparentemente, segura.
Onde houver miséria, haverá dois fundamentalismos:
- – um não militante, passivo, que é a gasolina;
- – um líder militante ou um grupo, que vai acionar o não militante – que é o fósforo.
O descaso de quem quer o futuro com o passado leva necessariamente para o crescimento do fundamentalismo, que vai crescendo na invisibilidade da sociedade.
Quando vem à tona em forma de poder, é que nos damos conta o quanto existe:
- – de latência por mudanças acumuladas;
- – o quanto está enraizado o pensamento fundamentalista;
- – e a passagem do fundamentalismo passivo para o militante.
Os projetos de futuro devem ser inclusivos, pois verão, ao invés de futuro, uma ida maior para o passado.
O movimento de futuro, assim, é político e deve ser militante.
Criando núcleos de futuro.
Falei mais sobre estes núcleos aqui: