O grande inimigo humano é a complexidade.
Diante dela, temos que nos organizar para sobreviver.
Um pensamento simplista e fundamentalista coloca na classe dirigente todo os problemas do mundo, mas é justamente a classe dirigente que é a escolhida para lidar com a complexidade.
Não haverá sociedade no mundo que não tenha classes dirigentes.
E, ao longo do tempo, a classe dirigente sempre será aquela que conseguirá lidar melhor com a complexidade.
O rei, por exemplo, na monarquia vivia uma grande aprendizado ao longo de sua infância para assumir a complexidade do reino.
O filho do rei era preparado para que tivesse capacidade para um dia poder lidar com a complexidade do reino.
O surgimento da República transferiu um pouco a responsabilidade da escolha dos dirigentes para a sociedade, que poderia escolher de tempos em tempos os seus dirigentes, ou aqueles que poderiam lidar melhor com a complexidade.
Na tentativa e erro vamos alternando dirigentes não só em perfis, como em momentos.
Ora uma situação pede um tipo de dirigente, ora pede outro.
Há um aprendizado e uma trajetória em que cada sociedade escolhe o dirigente que ela considera mais capaz para lidar com a complexidade do mundo.
Pode haver ao longo do tempo a escolha de dirigentes incapazes para lidar com a complexidade e isso leva necessariamente ao aprofundamento das crises provocadas pela falta de capacidade de lidar com a complexidade.
O tempo vai passar e, naturalmente, se houver o sistema democrático e de alternância, teremos sempre aqueles que melhor conseguem lidar com a complexidade exercendo o poder.
Não é à toa que quando líderes de baixa complexidade assumem o poder e têm dificuldade de lidar com a complexidade, procuram minar a democracia para criar um ambiente artificial para se perpetuar no poder. As crises vão sendo escondidas e vai se tentando impedir que pessoas com mais capacidade de lidar com a complexidade assumam.
A democracia, no fundo, é um jogo dos mais capazes para lidar com a complexidade.
Quando o jogo está viciado os menos capazes se perpetuam, gerando problemas graves para a sociedade que foi incapaz de promover as mudanças.
Me lembrei do filme que sugeri que o senhor lesse,embora eu creio que sim,ele é antigo,a maioira viu, o nome era no mundo de 2020, começa o filme com uma névoa de um mundo poluído, tantos eram os carros ,que as pesssoas mnoravam neles,e havia os que ficavam pelas ruas, escadarias, como é hoje.Mas existia um local tipo o bairro alto(condomínuios fechados) onde havia ricos, a estes ,ainda era possivel comer carne(não me pergunte como chegava)tal do câmbio negro, tinham ar refrigerado,refrigerante,sorvete,saboinete,perfume e claro água mas houve um crime, e ai a polícia foi averiguar, e ai entra um policial que é da classe dos paupérrimos, e ali ele rouba comida,coisas não para si,pois fora criado sem nada,mas para um seu amigo que lembrava das coisas deliciosas que comia…O filme nos surpreende de saber porque aquele povo ainda existia se nem agricultura havia,nem eduicação,escolas nada! O governo governado pelas tropas militares ,vinham com, um caminhão e jogavam um tipo de ração sobre a gentalha, aquele era a sua provisão, era uns biscoitinhos verdes…O amigo do policial ,um velho, uma pessoa que era um arquivo vivo da história, resolveu dar cabo a sua vida, havia uma maneira de se mnorrer com dignidade ,e porque era sssim?Só no final saberá.Ao contrário de Gleiser Não havia explicações melhores ,só finais para tal complexidade.