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O primeiro aviso.

Neste livro Lévy abandona seu público original.

Ele resolveu não falar mais diretamente para a sociedade, como era comum na sua obra.

O livro é voltado para especialistas e entendedores.

Faz tempo que eu tenho questionado aqui comigo a opção de Lévy no desenvolvimento de uma linguagem cognitiva, que o levou de filósofo da cibercultura a analista de projeto de software.

Ou a tentativa de mistura dos dois.

Acho que cada  talento deve ficar no seu galho e ajudar a sociedade naquela unicidade que a natureza nos deu.

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Lévy reúne em um cérebro coisas raras:

  • – capacidade de ver mais longe do que a grande maioria;
  • – articular fenômenos que poucos articulam;
  • – facilidade de se comunicar.

O livro “A Esfera Semântica” é uma viagem a um projeto técnico avançado, que ele acredita que vai ser um grande salto em relação a tudo que temos por aí.

Não nego a necessidade e nem a demanda, apenas questiono dele se envolver tanto no projeto e resultar em um livro em que o brilho do pensador desaparece.

Posso estar bem equivocado, e já estive antes em tentar entender os Dharmas das pessoas, mas acho que  projetos mais detalhados de sistemas (e falo por experiência própria) devem ser feitos por pessoas com perfis de sistema e filosofia por gente que entende de filosofia.

Lembro que Lévy já andou envolvido com software na árvore do conhecimento e a coisa não se mostrou tão promissora como o de filósofo.

Pela minha vivência, cada vez acho mais que software é algo que vai sendo construído cada vez mais em comunidades e não de forma isolada.

A ideia de ver o Lévy, vou dizer com todas as letras, desperdiçando tanto cérebro e um livro inteiro (bem grosso em termos de páginas) em um projeto técnico me causa estranheza.

A verdade, entretanto, estará com o desdobramento dos fatos.

Pode ser que o Lévy tenha sido um analista de software que passou pela filosofia e não o contrário, mas eu suspeito disso.

Vou continuar garimpando coisas para ver o que pode me ajudar nos meus estudos. Gostei de algumas dicas como o Trivium, que é uma boa para de pensar a guinada na educação, a partir dos estudos da gramática, lógica e retórica (falo mais disso depois).

Há ali a mesma mente brilhante, mas o esforço para chegar nas ideias mais claras, é muito maior.

Que dizes?

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