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O setor terciário é o de serviços.

Temos a seguinte divisão:

terciário

  • O Setor Terciário Cognitivo é aquele que oferece serviços ao cérebro.
  • O não cognitivo abrange todos os outros.

Ou seja, o Cognitivo é o que vende ideias.

O que temos como característica deste setor?

Note que no Setor Terciário tradicional temos:

– o fornecedor que monta o canal de uso/distribuição do que ele vende;
– e outro de Comunicação com  o cliente.

Assim:

terciário3

 

No caso dos novos serviços de táxi, por exemplo:

  • a- é a frota de carros;
  • b- são os aplicativos que entram no lugar do telefone do call center.

São dois canais separados, o que muda é o segundo. A forma que se comunica com o cliente, pois ninguém vai entrar no Scanner e sair do outro lado da cidade. 😉 (Por enquanto). Digamos que os “códigos” ou as “moléculas” do serviço que são vendidos não podem ser digitalizadas e, por isso, não se pode digitalizar os táxis. 

Ou seja, há uma separação entre o local que nos comunicamos com o fornecedor e outro que utilizamos o serviço, no caso a frota de táxi, que não pode entrar para dentro da Internet.

Existe um serviço que circula em um canal de distribuição tangível. O serviço é intangível, pois uma corrida de táxi não se pega, mas o canal de distribuição é tangível, pois se precisa de um carro ou uma moto para se deslocar de “a” para “b”.

E essa é uma diferença fundamental para o Setor Terciário Cognitivo.

No Setor Terciário Cognitivo isso não acontece mais depois da Internet, pois havia uma separação entre o canal de distribuição (CD, jornal, DVD, fita cassete, cinema, etc), mas isso tudo foi digitalizado para dentro do canal de comunicação. Houve uma junção do ambiente de comunicação do cliente com o canal de distribuição do fornecedor!

Veja a figura abaixo:

terciário4

 

Note, por exemplo, que o consumo da música passou a acontecer no mesmo espaço em que se comunica com a empresa. Antes, os CDs faziam uma rede de distribuição à parte.

Os códigos das músicas circulavam em um canal protegido e caro para qualquer um se aventurar a ter um negócio de música, o mesmo se dá com livros, jornais, filmes, qualquer coisa que circule ideias.

As ideias com a Internet passam a circular no mesmo canal da comunicação, pois há uma nova rede cognitiva, que incorpora e permite que isso aconteça.

musica-digital

O controle que havia com uma rede de distribuição separada, na qual:

  • – se produzia a música;
  • – transformava em código;
  • – se registrava em um meio;
  • – se distribuía o registro neste meio;
  • – e, por fim, se consumia.

Passa a ser feito no mesmo ambiente agora digital.

  • O que estou querendo dizer é que houve uma junção de dois canais para esse setor.
  • Não há mais separação entre o canal de comunicação e o de consumo, que se juntaram.
  • O cliente passou a ter acesso ao canal de distribuição e pode ele distribuir também os códigos.
  • Por isso, neste ambiente o valor da intermediação caiu a zero.

E aí temos uma mudança desse tipo:

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Havia uma intermediação muito mais rígida e era impraticável um autor de música ou o consumidor participar da rede de distribuição.

Note que agora há uma abertura para isso, mas a geração de valor para quem faz negócio com a música precisa ser o investimento em uma plataforma, como vemos abaixo:

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Me chamou a atenção no livro “A Loja de Tudo”, que narra a história da Amazon, quando Bezos, diz que o valor que ele agrega não é distribuir o produto (como era antes), mas ajudar o cliente a achar o que ele quer. É isso que a plataforma digital coloca de diferença em um ambiente em que as coisas estão por lá, mas não se sabe o que se vai consumir.

musica_digital

Tudo está disponível na mesma rede para todos, o problema que temos hoje é achar o que existe.

Antes o setor de ideias fazia:

  • – filtravam o que achavam que era bom e dava um tratamento;
  • – empacotava os códigos e distribuía.

O empacotamento e a distribuição agora é feita pelos próprios consumidores, pelos próprios autores e, portanto, perdeu muito o valor.

O que gera valor agora é a capacidade de filtrar, mas não mais ao filtro individual ou de um grupo do modelo da Governança passada, mas um novo modelo que permite uma filtragem coletiva, via colaboração de massa.

Há uma REINTERMEDIAÇÃO que permite que as ideias passem por um crivo colaborativo de massa para gerar valor. É isso que as Plataformas Digitais Colaborativas agregam de valor às ideias que estão sendo colocadas por cada vez mais gente.

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Foi o setor que menos tempo teve para se preparar.

(Há oportunidades deixadas pelos novos players, mas há que se ter muita visão para aproveitá-las.)

A geração de valor  aqui estará em:

  • ter cada vez mais ideias;
  • saber onde estão as ideias;
  • qual você está procurando exatamente;
  • quais você pode gostar e nem sabia, através de sugestões.

O mercado mudou radicalmente em menos de 10 anos e o valor gerado pelos novos players já estabelecidos dificilmente será superado pelas organizações tradicionais.

Note que há um movimento de tentar tirar o máximo do passado, dos nichos mais tradicionais, mas não se está conseguindo criar nada de novo para os novos consumidores. A crise vai ser lenta, gradual e definitiva.

A diferença vai estar na capacidade de gerar valor dentro desse ambiente, que é a implantação da nova Governança Digital.

Está aqui o epicentro da Revolução Cognitiva, de onde tudo parte indo lentamente para os outros setores.

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Esse estudo e seu detalhamento vai nos ajudar bastante na análise de todos os setores, pois podemos sempre voltar aqui para poder comparar o que estamos falando.

Falemos agora do Setor Terciário não Cognitivo.

É isso, que dizes?

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