Tudo é um feito no mundo para você não ter uma voz.
Todos vão te convencer que é preciso ir à lua para depois voltar para você ter a sua própria voz, opinião.
Ao tentar expressar a primeira ideia um caminhão de críticos te dirão que falta ler um caminhão de livros que eles pretensamente já leram.
A base de toda a autoridade é tirar a autoridade do outro para se manter como autoridade!
E assim cria-se uma escalada de quem pode falar, a partir de critérios subjetivos, que se refletem em diplomas, batas, coroas, ternos, etc….
O mundo em geral não é feito para se ter opinião, mas seguir a dos outros.
Há o massacre da voz alheia, ainda mais no fim de Ditaduras Cognitivas.
Por isso, devemos nos agarrar a um problema no mundo.
Um problema te dá um chão, pois quando não temos um problema não podemos testar se a nossa voz faz sentido. Se estamos dizendo algo interessante.
A libertação de sua própria voz, assim, está ligado a escolher um dado problema no mundo, que provoca sofrimento. Se você consegue reduzir o sofrimento, já é um primeiro passo de que algo está fazendo sentido, mesmo que tenha que ser aprimorado.
Neste que é possível criar este espaço de avaliação:
Problema<->solução<-> taxa de sofrimento.
Ao se analisar estes resultados, que é o que importa na sociedade, terminam as autoridades, pois é evidente que você pode julgar, com certa autonomia, teus atos e medir a redução de sofrimento, no que chamei da ética da sofrimentologia.
O objetivo é claro: ser o melhor que puder na solução/minimização daquele problema.
Assim, você será a sua própria autoridade e poderá a ter a sua voz, pois há algo no mundo que você entende.
E quando se entende algo, a partir da luta com um problema, muitos outros mundos se abrem.
É isso, que dizes?