Temos muitas fantasias em relação ao mundo e a sociedade.
Mas, ao refletirmos sobre os fatos, podemos chegar a conclusões diferentes, pois não temos a sociedade que queremos, mas a sociedade que podemos.
Temos que aplicar as seguintes regras ao modelo social que criamos, a partir da visão das redes, pois:
- – as sociedades se estruturam em redes sociais, regidas pelas Tecnologias Cognitivas de plantão;
- as redes sociais criadas (de troca de produtos, serviços e ideias) devem nos ajudar a reduzir sofrimentos e nos manter vivos, lidando com a complexidade demográfica que temos pela frente;
- – a hierarquia da rede se ajustará à hierarquia possível, a partir da possibilidade de autonomia seus membros de lidar com a complexidade;
- – quanto mais os integrantes da rede tiverem baixa autonomia, mais a rede tenderá a verticalização e vice-versa;
- – quem tiver mais desenvoltura no uso das Tecnologias Cognitivas mais sofisticadas tenderá, ao longo do tempo, a ser os nós mais importantes das redes, tendendo ao posto mais alto da hierarquia.
Só haverá mudanças de longo prazo nas hierarquias das redes, quando:
- – aumentar a autonomia de tomada de decisões de seus membros;
- – quando mais membros da rede possam se utilizar e dominar as Tecnologias Cognitivas mais sofisticadas.
Só haverá mudanças de curto prazo nas hierarquias das redes, quando:
- – surgir uma nova Tecnologia Cognitiva mais sofisticada e um novo grupo a dominar, desbancado o antigo grupo.
Podemos apresentar o seguinte desenho que representa a ideia acima:
Quanto maior for a capacidade dos membros da rede, mais ela tenderá a uma maior horizontalização e vice-versa.
É isso, que dizes?