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A base do marxismo é a questão da luta de classes, que é o motor da história.

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Diria que a Filosofia Tecno-cognitiva e a Antropologia Cognitiva vão em direção contrária a essa hipótese, pois partiríamos pelo marxismos do princípio que somos todos a mesma espécie e haveria uma divisão entre exploradores e explorados. 

A divisão que há não é esta.

O que há de novo nos meus estudos é de que:

Somos diferentes espécies humanas que vivem em paralelo na sociedade.

E que há uma que consegue lidar com mais complexidade, desenvolvendo um cérebro mais complexo e que tenderá ao topo da pirâmide. ]

Quero deixar claro que não é uma espécie mais inteligente, mais sábia, mas evoluída. Apenas se apoderam de Tecnologias Cognitivas, muda a plástica cerebral, adota um modelo mental mais sofisticado e consegue lidar melhor com complexidades.

Tem mais chance de lidar com problemas mais complexos, através de um processamento maior dos números e das palavras e isso a faz ser a espécie dominante, ainda mais em um mundo que sempre – até o momento – de aumento demográfico.

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O que há não é uma luta entre as classes, mas uma cooperação entre as diferentes espécies em direção a um modelo hierárquico, que procura sempre colocar o Homo Sapiens mais complexo no topo de uma dada hierarquia.

Esta hierarquia pode ser mais ou menos rígida, conforme as oportunidades que as outras espécies tenham para se apoderar das Tecnologias mais Complexas.

Quanto mais homogêneo for o convívio entre a as espécies mais a pirâmide tenderá a ser mais horizontal e vice-versa. Nas regiões onde há o maior desnível entre as espécies, mais vertical fica a pirâmide e vice-versa.

As crises que acontecem nas sociedades se dão quando:

  • – a “elite” não é formada pelos homo sapiens mais complexo;
  • – não se quer que os outros homo sapiens possam se capacitar para a complexidade;
  • – a espécie mais sofisticado se cristaliza e impede que as outras possam ganhar complexidade.

Note que, antes que me joguem pedra, quero afirmar que o homo sapiens mais complexo não é resultado de raça, credo, povo, religião, escolha de Deus. Não é mais inteligente do que os demais. São aptos para lidar, apenas, com maior complexidade, ou melhor, são mais aptos a lidar com um volume maior de dados. Como um computador.

Todo ser humano pode chegar a essa complexidade na mesma geração ou nas seguintes, desde que haja um esforço nessa direção. Ou seja, ao contrário do que possa parecer, estou indo no ponto das desigualdades para podermos REALMENTE ir para um mundo menos desigual.

Quando se demonstra que o desnível entre os países está justamente na capacitação do cérebro, mais ou menos complexo, e que isso é passível de mudança, desde que consigamos criar políticas para isso.

Note que há aspectos culturais envolvidos, mas um homo sapiens de qualquer cultura tenderá a ter determinadas características similares (não iguais) ao ter contato com aquela Tecnologia Cognitiva.

Porém, vou definir melhor o que entendo por classe.

No que temos estudado, temos visto que o não existe apenas uma espécie humana, mas várias que convivem em paralelo, a partir do uso das Tecnologias Cognitivas.

A saber:

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A espécie que estaria no topo e vai formar o que chamamos hoje de “elite” no mundo e nos respectivos países será formada pelas que usam as Tecnologias Cognitivas mais sofisticadas e estão aptas a resolver os problemas mais complexos da espécie, que é a capacidade de processar com mais eficácia mais números e mais palavras.

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Quem vai mandar sempre no mundo é o Homo Sapiens mais sofisticado, pois conseguirá um custo/benefício melhor na solução de problemas e poderá produzir e vender o resultado desse processo. 

E passará a dominar os outros que estão em um nível de solução de complexidade menor.

E haverá assim um alinhamento nas regiões e intra-regiões que vai espelhar essa relação de interdependência entre as diferentes espécies em paralelo.

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A hierarquia de um dado grupo, de um país ou do mundo sempre tenderá a colocar no topo o Homo Sapiens mais sofisticado. Quando isso não for um fato, as crises começam a acontecer e haverá um movimento para que o grupo mais capacitado seja colocado lá.

Pode demorar, mas acontecerá algo nessa direção.

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E se houver um golpe, uma revolução, uma revolta, com o tempo o modelo tenderá a voltar para um modelo de hierarquia similar, no qual o Homo Sapiens que consegue lidar com mais complexidade tenderá ao topo, se não houver um movimento forte de capacitação para que as outras espécies lidem com as tecnologias mais complexas.

Muitos dirão que esta visão é Darwinista e que estamos querendo escamotear a opressão de uma classe sobre a outra.

O que há e isso acontece com certeza é que há a tentativa de se congelar o modelo, criando uma rigidez entre as diferentes espécies, evitando que aquela menos capacitada para problemas complexos, passem a ganhar ferramentas para que isso seja feito.

E há uma tentativa de transformar algo que poderia ser mudado pelo uso de tecnologias mais complexas – a capacitação de um homo sapiens menos complexo para um mais complexo, colocando fatores raciais, de classe, de casta, que são invenções de dominação e não algo que de fato ocorre.

A ideia de que somos várias espécies em paralelo NOS AJUDA MUITO a entender o principal problema que temos que lidar e poder atacá-lo para que haja uma redução de diferença entre estas, pois trata-se apenas do acesso e uso intenso de uma dada Tecnologia mais complexa.

Se isso não for feito, vamos cristalizar as diferentes espécies, com uma taxa de injustiça maior.

É isso, que dizes?

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