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Estamos vivendo a primeira grande crise da Rede.

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O não apoio ao Governador de São Paulo cria um impasse no que vinha caminhando, aparentemente com uma certa lógica.

1) do movimento a partido:
2) de partido à coligação.

Mas qual foi o objetivo de criar o partido e a coligação?

Criar algo novo. Uma rede, tendo o digital como eixo.

Porém, vivemos no epicentro de um mundo novo, que ainda está praticamente na barriga da mãe e só conseguimos ainda fazer ultra sonografias.

O bebê ainda não nasceu, mas já está grandinho.

Nene perfil 27.12.12

O problema é que o século passado com toda a sua intoxicação ainda exerce um forte poder em todos nós.

A Era Oral-Escrita-Eletrônica com suas ideologias, seus pensamentos, seus embates.

  • Direita x Esquerda;
  • Capitalismo x Comunismo;
  • Estatistas x Liberais.

O problema (e não é fácil entender isso) é que tudo que vivemos até aqui foi filho de uma Era que está no fim.

As ideias liberais e marxistas foram filhas da Era Escrita Impressa, que nos legou as Revoluções Liberais do século passado, pois o máximo que conseguíamos de representação e de experimentação foi tentado até aqui. As paredes eram de uma Era Cognitiva que deu o que tinha que dar, ainda mais pressionada pelo salto quântico na demografia de 1 para 7 bilhões em 200 anos.

O digital zera esse jogo.

Agora, não se pode mais pensar o futuro da política e da economia, com bases nas limitações cognitivas que tínhamos no passado.

Nosso cérebro foi empoderado por um novo “Capacete Cognitivo“, hoje podemos mudar o modelo da sociedade, a partir do uso sábio das novas tecnologias.

  • E isso não é uma teoria, mas uma prática.
  • Não é uma vontade, mais uma ação.
  • Ser digital e viver o digital, não enquanto usuário, mas um ser auto-mutante, difusor, implantador de uma NOVA CULTURA.

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E quando falo em viver o digital não estou falando de usar um computador, um celular ou o Facebook, mas aceitar uma nova cultura emergente, que nos leva à descentralização do poder, do capital e das oportunidades.

  • Quem é liberal tem que ser um liberal 3.0.
  • Quem é de esquerda tem que ser da esquerda 3.0.
  • Quem hoje não quiser implantar uma República Digital é reacionário.
  • E quem quer implantar é inovador.

O jogo está, de novo, embaralhado.

Estamos, do ponto de vista da história, próximos aos pensadores dos séculos XVI, XVII e XVIII, que criaram o modelo da República versus à monarquia dos séculos passados, a partir do potencial que a escrita impressa nos legou.

Hoje, é preciso criar uma grande frente de Republicanos Digitais, que tenham como eixo principal a descentralização, de fato, do poder (inclusive os de dentro do partido), do capital e das oportunidades, tendo como preocupação a preservação da diversidade dos seres vivos do planeta.

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A Rede está confusa, o que era natural que acontecesse, pois ao entrar no atual modelo intoxicado não haverá nunca saída.

E quando se quer negociar ou discutir, é preciso ter uma visão de onde estamos e para onde vamos.

A Rede hoje não é esquerda, não é direita, não é liberal, não é conservadora. É tudo isso misturada, sem um norte, pois não basta dizer não, isso é um primeiro passo, mas é preciso dizer sim para algo que a história aponte como uma liderança para passar de um ponto “a” para o “b”.

É tempo de constituir um núcleo multi-partidário, um movimento, sem partido, que abra a defesa da República Digital no país.

E isso pode passar por um partido, ou não, desde que se entenda claramente o que é tática (passar por um partido agora) para recriar os partidos (amanhã).

Mas isso não está ABSOLUTAMENTE claro.

No meu ver, todos que queiram estimular e experimentar essa nova cultura política mais aberta, entra para a roda, desde que tenha como premissa os eixos centrais: descentralizar o poder, o capital, as oportunidades, respeitando a diversidade dos seres vivos.

  • Quer isso, está dentro.
  • Não quer, está fora.

E quando se fala em descentralizar o poder saiba que muita gente que se diz progressista vai se tornar rapidinho um grande reacionário e vice-versa.

É hora de reagrupar, conceituar, criar estratégias mais consistente, para avançar.

É isso, que dizes?

Veja alguns áudios que gravei sobre República Digital:

 

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