Note que o primeiro ato de uma ditadura é fechar os canais de circulação de ideias e impedir reunião de pessoas.
Quando o poder precisa se fechar e centralizar, impede que as pessoas conversem.
Há uma relação entre o adensamento versus o isolamento.
Isso acontece em movimentos do Pêndulo Cognitivo.
Quando temos um Ambiente Cognitivo que propicia o isolamento, como no século passado, quando tivemos:
- – migração para grandes centros;
- – e fortalecimento de mídias de massa.
Tivemos um isolamento e uma intermediação das relações, via um centro produtor, que definia uma hegemonia de visão da realidade.
O movimento inverso, quando temos a abertura de canais, e um processo de canalização social, é o contrário.
Temos um adensamento cognitivo-afetivo, através do aumento de troca entre as pessoas, quebrando as barreiras das grandes cidades.
O ser humano é um ser basicamente social e tem sérios problemas de todo o tipo no isolamento.
O adensamento, mesmo que a distância, como temos vistos nos ambientes digitais resgata uma taxa de troca e de auto-estima das pessoas, que é a base para uma nova governança, que não se dará mais como no passado.
- – O adensamento hoje não é mais local;
- – e nem será mais, através de cartas, telefonemas ou pelos livros.
Mas através de relações digitais, que terão que saber vencer as barreiras, criando um movimento glocalizado. Tem que ser digital a distância e não-tecnológico quando presencial.
Hoje, estamos vivendo a tecno-intoxicação, que invade o local com tecnologias e isso deve ser combatido com a reflexão sobre o uso ao longo do tempo.
O adensamento afetivo-cognitivo que muitos vêm, como no Facebook, como algo pueril ou de baixa qualidade é a base de adensamento e de proteção da sociedade, que rapidamente troca e se articula.
E se protege.
As manifestações de junho foi um movimento de massa, mas que centenas de outros pequenos gestos de apoio, solidariedade, micro-movimentos de apoio têm acontecido, sem que se perceba a sua validade no futuro.
Por aí.
Que dizes?