Bom, vamos as premissas e aos passos:
Premissas:
a) a adoção de laboratórios de Governança Digital devem partir de visão estratégica da organização;
b) a organização se conscientiza e aceita o cenário disruptivo que a Internet traz para a sociedade, que exige uma nova Governança Organizacional e novas formas de lidar com velhos, complexos e insolúveis problemas;
c) entende-se que é um mudança cultural profunda, com dois momentos:
– de assimilação e aculturação de conceitos e práticas, estruturação do novo modelo, bem como de oficialização do mesmo dentro da organização;
– operação e início dos resultados, após o período de assimigação.
Passos:
1) como e onde criar o laboratório dentro da organização tradicional?
a) fora do organograma;
b) diretamente ligado ao gestor principal;
c) projeto estratégico, visando resultados de médio e longo prazo;
d) estrutura de trabalho horizontal, multi-setorial e multi-disciplinar;
e) equipes pró-ativas e divididas em três áreas de atuação: desenvolvimento (Plataformas), conhecimento (filosofia, teoria e metodologia) e relacionamento/capacitação (expansão da visão e redes para aprimorá-la);
f) criação de ética do diálogo e foco na redução de sofrimento dos clientes;
g) não se leva os velhos processos, mas se criam novos processos para lidar com novos problemas mais complexos;
h) a equipe e os investimentos no projeto devem ser proporcional à velocidade e quantidade e qualidade dos problemas a serem atacados.
2) que problemas devem ser aceitos pelo laboratório?
Problemas complexos, que cumpram os seguintes requisitos:
a) grande quantidade de dados;
b) característica aleatória, sem padrão (em alguns casos que demandem rapidez na operação);
c) que podem ser minimizados claramente com ajuda de colaboração.
3) como receber os problemas e lidar com eles?
a) analisar se tratar de problema complexo;
b) implantar Plataformas Colaborativas, que tenham o seguinte triângulo sinergético: gestores, colaboradores e robôs, unidos por algoritmos digitais;
c) o gestor cuida principalmente do algorítimo (e não do conteúdo) para que a plataforma se mantenha com alta taxa de relevância e com baixa taxa de fraudes e vandalismo;
d) os colaboradores ajudam com inclusão de dados involuntários (cliques, compras, downloads, etc) e voluntários (estrelas, curtir, comentários);
e) os robôs cuidam da coleta automática de dados, através de chips, GPS e qualquer aparato que transmita dados para que o algoritmo digital possa trabalhar.
4) Quais são os tipos de Plataformas Colaborativas possíveis de implantação?
a) Plataformas Digitais Colaborativas incrementais – que vão permitir a colaboração em processos já existentes, modificando-os, mas não mudando o modelo da Governança do problema atacado, exemplo: TaxiBeat (taxistas continuam operando), avaliação e fiscalização de ônibus, etc. Resultados mais rápidos e com menos esforço de mudança cultural;
b) Plataformas Digitais Colaborativas disruptivas – que vão mudar radicalmente o processo existente, modificando-os, mudando o modelo da Governança do problema atacado, exemplo: Ubes (taxistas sofrem concorrência dos passageiros, que passam a dar carona) ou nova plataforma de ensino, quando alunos aprendem com alunos, etc. Resultados mais lentos e com mais esforço de mudança cultural.
É isso que dizes?
Tá ficado bonito.
Governança… percepção… realidade…